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Fr. Luís de Cácegas – Vol.4 - opscriptis

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200 LIVRO III DA HISTORIA DE S. DOMINGOS<br />

hgião antes do anno <strong>de</strong> 4251. Porque roeste faleceo o Santo Pêro Gonçalves,<br />

que lhe vestio o santo habito. E não obsta dizcr-so, que nem<br />

então, nem muitos annos <strong>de</strong>pois tivemos Convento em Guimarães. Por-<br />

que com isso está, que tínhamos o hospital por Convento, como atraz se<br />

tem apontado. E permitia a singeleza dos tempos, e a gran<strong>de</strong> religião<br />

d'aquelles primeiros Padres, servir-se dos hospitaes, e casas particula-<br />

res, em falta <strong>de</strong> Mosteiros para receberem á Or<strong>de</strong>m, os que achavão di-<br />

gnos. Do que he bastante exemplo, inda que seja repetir o que por<br />

ventura temos já dito em outra parte. O famoso S. Uaymundo, que em<br />

Barcelona recebeo o habito em casa <strong>de</strong> Pedro Grunio, nobre cidadão,<br />

que agasalhava os <strong>Fr</strong>a<strong>de</strong>s, e os teve comsigo, até que lhe foi dada a<br />

Igreja <strong>de</strong> Santa Catharina Martyr, em que fundarão o Convento, que<br />

hoje possuem. Da mesma maneira forão recebidos cm Paris muitos sugeitos<br />

<strong>de</strong> importância, estando os nossos <strong>Fr</strong>a<strong>de</strong>s, que os recebião, em<br />

hum hospital publico: on<strong>de</strong> residião, em quanto lhes tardou a Igreja <strong>de</strong><br />

Santiago, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>pois levantarão seu Convento. O qual costume se coníirma<br />

também com a nota das Bulias <strong>de</strong> privilégios, que os Summos<br />

Pontífices então passavão a esta Religião, que faz menção, não só <strong>de</strong><br />

Mosteiros, Igrejas, e Oratórios, mas também <strong>de</strong> casas particulares, e hos-<br />

pitaes.<br />

Tratado o bom velho <strong>de</strong> perto, virão-se logo tantas mostras do es-<br />

pirito do Senhor, que n'eile morava, que o Prelado, tanto que lhe fez<br />

sua profissão, que ainda não tinha a espera do anno <strong>de</strong> noviciado, como<br />

agora, or<strong>de</strong>nou, que tornasse^ por obediência ao trabalho <strong>de</strong> suas pre-<br />

gações, que d'antes por <strong>de</strong>vação exercitava. E não falta quem diga (1),<br />

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