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Fr. Luís de Cácegas – Vol.4 - opscriptis

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PARTlCl.*LAIt DO RF,IXO DE PORTUGAL 471<br />

ma bastante Igreja, e bom Convento acabado. Sendo assim, que ainda<br />

boje está longe <strong>de</strong> sua perfeição. Desculpão-se os que assistirão na obra<br />

com os espíritos grandiosos (Fel-Rei Dom Sebastião, que chegando a ver<br />

a fabrica, que em seu nome começava a sahir dos alicesses, quando já<br />

bia crescendo na ida<strong>de</strong>, animava os Religiosos <strong>de</strong> palavra, e obra a gas-<br />

tar largo. Assim ficou <strong>de</strong>scompassada em corpo, e numero <strong>de</strong> capei las.<br />

E por ella se po<strong>de</strong> dizer, que faz mais representação <strong>de</strong> buma praça<br />

forte militar, que <strong>de</strong> casa <strong>de</strong> Religiosos.<br />

Nas actas do Capitulo intermédio d'esta Província, que passou no<br />

Convento da Batalha pelo mez <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1506 achamos aceitado hum<br />

Convento por estas palavras: Acceptamns Domum <strong>de</strong> liosa: sem mais ou-<br />

tra <strong>de</strong>claração. E pelas confrontações do tempo nos <strong>de</strong>u azo a cuidarmos,<br />

que po<strong>de</strong>ria ser esta <strong>de</strong> Setuval. e que o titulo <strong>de</strong> Rosa seria boa tenção<br />

<strong>de</strong> algum <strong>de</strong>voto. Tirou <strong>de</strong> duvida hum Religioso antigo, que estava lem-<br />

brado nos fora dada então outra casa junto da villa do Crato, on<strong>de</strong> cha-<br />

mavão Vai <strong>de</strong> Rosa, pelo Prior <strong>de</strong> São João <strong>de</strong> Malta, <strong>de</strong> cuja jurisdição<br />

he a villa. Tanto que n'elle foi nomeado o Senhor Dom António, filho<br />

do Infante Dom Luis, em primeiro sinal da boa inclinação, (pie tinha á<br />

nossa Religião, e lembrança do Mestre, que n ella teve. que foi aquelle<br />

gran<strong>de</strong> sugeito, o Mestre <strong>Fr</strong>ei Rartholameu dos Marlyres, que <strong>de</strong>pois<br />

vimos subido a Arcebispo, e senhor <strong>de</strong> Braga, sem mais escadas que as<br />

<strong>de</strong> sua virtu<strong>de</strong>, e letras. Sinalou-lhes o Prior renda; e tão copiosa, que<br />

a achámos em algumas actas, contribuindo já para os gaslos da Provín-<br />

cia, com sua porção entre os Conventos <strong>de</strong> posse. Porém sahio-nos o<br />

sitio mal são, e tal, que <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> poucos anãos se vio a província ne-<br />

cessitada a largal-o, com muito sentimento dos vizinhos, que sabião es-<br />

timar a companhia, e a doutrina.<br />

Por este mesmo tempo governava a Or<strong>de</strong>m outro Mosteiro, que também<br />

largou. Era <strong>de</strong> <strong>Fr</strong>eiras Terceiras <strong>de</strong> nossa Negra, e habito, no li-<br />

mite d' Azeitão, em menos distancia <strong>de</strong> buma legoa <strong>de</strong> Setuval; o titulo<br />

<strong>de</strong> Jesu Bom Pastor. E assim como para largar Vai <strong>de</strong> Rosa <strong>de</strong>u causa<br />

o sitio, por enfermo: assim a <strong>de</strong>u esle, para o mandar extinguir a pro-<br />

vinda, estar longe <strong>de</strong> povoado. Ao que se juntava ser pobre <strong>de</strong> renda,<br />

e edifício, e pouco authorisado em sugeitos. Impetrou-se para o eíTeito<br />

hum Breve do Papa Pio V, que em sete <strong>de</strong> Janeiro do anno <strong>de</strong> 136(5<br />

foi posto na ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> São Pedro, sendo Religioso Dominico da província<br />

da Lombardia. E foi mandado executar pelo Car<strong>de</strong>al Infante Dom

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