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Fr. Luís de Cácegas – Vol.4 - opscriptis

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i8 LIVRO I DA HISTORIA DE S. DOMINGOS<br />

costuma a natureza esforçar seus effeitos, quando as cousas estuo mais<br />

no cabo: corre com mais Ímpeto o peso na maior vizinhança do centro,<br />

e em distancia proporcionada mais violento he o arremesso da lança,<br />

quando chega a executar o golpe, que ao sahir da mão. Tiremos logo<br />

forças <strong>de</strong> fraqueza, e pedindo-as ao Senhor, <strong>de</strong> quem proce<strong>de</strong> todo o<br />

bem, e em cujo serviço nos manda continuar a santa obediência, tornemos<br />

animosamente á carreira.<br />

Levou-nos a Primeira Parte todo o tempo, que os Conventos <strong>de</strong> Portugal,<br />

e Castella estiverão juntos, e unidos <strong>de</strong>baixo do governo <strong>de</strong> hum<br />

só Provincial, que foi <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o anno <strong>de</strong> 1217, até o <strong>de</strong> 1388. No qual<br />

em razão das guerras começarão effec li vãmente a apartar fato, e compa-<br />

nhia, e a este apartamento seguio pouco <strong>de</strong>pois a formal divisão <strong>de</strong> Pro-<br />

víncias. Dêmos á Segunda Parte os Conventos <strong>de</strong> Portugal começados a<br />

separar <strong>de</strong> Castella, e feitos já Província por si: E assinamos-lhe o prin-<br />

cipio no anno <strong>de</strong> 1392, em que o teve também o Mosteiro do Salvador.<br />

Lançamos na mesma as distinções, que então começarão <strong>de</strong> Conventos<br />

<strong>de</strong> Claustra, e Conventos <strong>de</strong> Observância. Juntamos-Ihe as casas, que<br />

cada Congregação d"estas foi levantando <strong>de</strong> novo, com relação dos suc-<br />

cessos geraes, que a huma, e outra achamos pertencentes, e especifica-<br />

dos todos os Provinciaes da Claustra, e Vigários da Observância, assim<br />

em nomes, como em tempo que servirão: com que parece íica dada a toda<br />

a historia a clareza possível. E porque este modo <strong>de</strong> governo assi dividido<br />

em nomes, e effeitos durou até o anno <strong>de</strong> 1513, no qual Deos foi servido<br />

que cessasse, unindo-se todos os Conventos do Reino <strong>de</strong>baixo da adminis-<br />

tração <strong>de</strong> hum só Prelado ;<br />

pela mesma razão <strong>de</strong>mos uelle fim á Segunda<br />

Parte; e a tomamos por principio, e fonte d'esta Terceira, e <strong>de</strong> tudo o que<br />

nos resta por escrever, que esten<strong>de</strong>remos até nossos dias, c o anno <strong>de</strong><br />

1013, em que as voltas do tempo tornearão a resuscitar o nome antigo <strong>de</strong><br />

Observância temperado com titulo <strong>de</strong> Recolleta, fazendo-se novida<strong>de</strong> em<br />

alguns Conventos, do que por velhice estava esquecido. E terá esta Parte<br />

Terceira justos cem annos, que juntos com cento e vinte seis, que nos le-<br />

vou a Segunda, c com mais cento e setenta, que <strong>de</strong>mos á Primeira, fazem<br />

somma <strong>de</strong> trezentos e noventa e seis annos. E tantos terá <strong>de</strong> residência a<br />

nossa Or<strong>de</strong>m cm Portugal, quando chegarmos com a historia ao <strong>de</strong> 613,<br />

visto como sua primeira entrada n^elle foi no anno <strong>de</strong> 1217.<br />

Devemos os Portugueses a el-Hei dom Manoel hum perpetuo cuidado<br />

<strong>de</strong> honrar, e acrescentar todas as casas da Religião no temporal, e gran<strong>de</strong>

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