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Fr. Luís de Cácegas – Vol.4 - opscriptis

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4 52 LIVRO II DA HISTORIA DE S. DOMINGOS<br />

servancia regular. Não se contentou o Provincial com mandar menos <strong>de</strong><br />

sete; sinco <strong>de</strong> nossa Senhora da Saudação <strong>de</strong> Monte mór, e duas do Pa-<br />

raiso dEvora. Das <strong>de</strong> Monte mór são os nomes, Soror Joanna d'Assum-<br />

pção, Soror <strong>Fr</strong>ancisca do Espirito Santo, Soror Maria <strong>de</strong> Jesus, Soror<br />

Maria da Pieda<strong>de</strong>, Soror Filippa do Deserto. As dEvora forão Soror<br />

Inez dos Anjos, e Soror Maria. A estas duas se diz, que acompanhou numa<br />

matrona <strong>de</strong> authorida<strong>de</strong>, que estava recolhida no Mosteiro <strong>de</strong> Santa<br />

Clara d'Evora; e teve <strong>de</strong>vação <strong>de</strong> ser aqui primeira noviça, e andando o<br />

tempo foi também Prioresa. Acharão-se estas sete Religiosas juntas em<br />

Elvas huma véspera da festa <strong>de</strong> nosso Padre São Domingos, e logo<br />

na <strong>de</strong> São Lourenço aos <strong>de</strong>z d'Agosto se encerrarão, e começou a casa<br />

a correr em clausura, e todos os mais estilos monásticos, sendo eleita<br />

canonicamente em Prioresa a Madre Joanna d'Assumpção. Mas he lasti-<br />

ma, que nos apontão as memorias antigas o dia da chegada das funda-<br />

doras a Elvas, e o em que <strong>de</strong>rão principio á clausura: e totalmente nos<br />

faltam com o mais importaute, que era o anno. D'on<strong>de</strong> resulta outra du-<br />

vida, que muito embaraça a historia: nomeando-as como nomeão, el-Rei,<br />

e o Núncio por <strong>Fr</strong>eiras <strong>de</strong> São Domingos no anno <strong>de</strong> 1528, e 4529, pa-<br />

rece, que já <strong>de</strong>vião estar no Mosteiro as nossas <strong>Fr</strong>eiras, que o fundarão<br />

e lhe <strong>de</strong>rão o ser, e o nome <strong>de</strong> Mosteiro: e comtudo he cousa certa, e<br />

sem replica, que não foi aceitado pela Província, e incorporado ivella,<br />

senão doze annos adiante, no <strong>de</strong> 4540 no Capitulo <strong>de</strong> Lisboa, em que foi<br />

eleito o Padre Mestre <strong>Fr</strong>ei Jeronymo <strong>de</strong> Padilha, como nos constou pelas<br />

actas d^lle, que vimos. Po<strong>de</strong>m-se concertar estas contrarieda<strong>de</strong>s, com<br />

dizermos, que se fez no Capitulo com formalida<strong>de</strong>, e com a ceremonia,<br />

e estilos da Or<strong>de</strong>m, em que não he razão haver <strong>de</strong>scuido, o que em rea-<br />

lida<strong>de</strong> estava feito pelos Provinciaes nos annos atraz.<br />

No anno <strong>de</strong> 1543 se <strong>de</strong>u principio á Igreja na forma que <strong>de</strong> pre-<br />

sente tem, e no <strong>de</strong> 1548 impetrarão as Religiosas da Sé Apostólica, que<br />

huma missa, que mandavão dizer cada dia na capella, e sepultura do Pa-<br />

dre Estevão Domingues, cuja fazenda possuião, se cantasse no Mosteiro<br />

por hum Capellão por ellas escolhido, <strong>Fr</strong>a<strong>de</strong>, ou secular; e que fosse esta<br />

a missa maior do dia. E juntamente, que por seu procurador governas-<br />

sem todos os bens da capella, sem mais intervir ministro nenhum da Ca-<br />

mará; nem serem obrigadas a huma pensão <strong>de</strong> sinco libras, que o ins-<br />

tituidor mandava dar em cada hum anno aos Officiaes da Camará. Veio<br />

nomeado por executor das letras do Pontífice o Bispo <strong>de</strong> Ceita Dom

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