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Fr. Luís de Cácegas – Vol.4 - opscriptis

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PARTICULAR DO REINO DE PORTUGAL 353<br />

sos. e seculares procuravão haver cousas <strong>de</strong> seu uso para guardar por<br />

relíquias. Publico foi, que hum Diogo Pinto <strong>de</strong> Monroy, que pa<strong>de</strong>cia<br />

gran<strong>de</strong>s dores <strong>de</strong> pernas, alcançou huns ourellos, que servião ao <strong>de</strong>fun-<br />

to <strong>de</strong> sustentar as meias: usou d'elles no mesmo oííicio. e affirmou que<br />

lhe foram meio <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Mais publico foi, que o Bispo primaz Dom<br />

<strong>Fr</strong>ei Christovão <strong>de</strong> Lisboa no primeiro sermão, que fez na Sé <strong>de</strong>pois<br />

(Teste dia, falou cVelIe como <strong>de</strong> Santo.<br />

CVPITULO XII<br />

Fundação do Convento <strong>de</strong> Santo Thomas em Pamjim: sua trasladação paru<br />

a cida<strong>de</strong>: e principio da Casa Recolhia <strong>de</strong> Santa Barbara.<br />

Para darmos conclusão ao mais. que temos que dizer das cousas da<br />

Congregação na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Goa, faremos n"este capitulo breve relação <strong>de</strong><br />

dóus Conventos, que muito tempo <strong>de</strong>pois se levantarão nella. Foi pri-<br />

meiro o <strong>de</strong> Pangim com titulo <strong>de</strong> Santo Thomas. Obra nascida do gran-<br />

<strong>de</strong> zelo do Padre Mestre <strong>Fr</strong>ei Thomas do Espirito Santo, e com sua in-<br />

dustria executada. Enten<strong>de</strong>ndo este Padre, quanto convinha serem con-<br />

tínuos no estudo os nossos Religiosos, para o effeito da conversão da<br />

Gentilida<strong>de</strong>, que fora o fim, que primeiro os levara á índia, e em que<br />

Deos lhes dava mão por toda a parte com maravilhosos successos: e<br />

que n'este estudo <strong>de</strong>via <strong>de</strong> haver tal or<strong>de</strong>m, e concerto, que se não es-<br />

torvasse, nem divertisse hum pouco com as occnpações, que <strong>de</strong> ordiná-<br />

rio ha nos Conventos, que estão <strong>de</strong>dicados ao serviço, e necessida<strong>de</strong>s do<br />

povo. Tratou <strong>de</strong> edificar huma particular casa, em que outro trato, nem<br />

ocoupação houvesse por sitio, e oflfcio, senão só <strong>de</strong> exercícios ecelesias-<br />

ticos. Era Viso-Rei Dom Duarte <strong>de</strong> Menezes, gran<strong>de</strong> affeiçoado á nos-<br />

sa Or<strong>de</strong>m, e tanto a elle, que em nenhuma cousa punha mão sem<br />

siéii conselho. Gommunicou-lhe <strong>Fr</strong>ei Thomas o pensamento. E o Yiso-Rei<br />

como era varão <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> pieda<strong>de</strong>, aprovou a <strong>de</strong>terminação, e ajudou<br />

a obra com muita largueza. Fez. mu il o ao caso começar <strong>Fr</strong>. Thomas esta<br />

fabrica em tempo, que tinha o cargo <strong>de</strong> Prior <strong>de</strong> Goa, e- juntamente o<br />

ííé Deputado do Santo Otíicio. Estes cargos, e o muito credito, que ti-<br />

nha ganho na terra-, forão occasião <strong>de</strong> lhe acudirem grossas esmolas.<br />

De sorte, que sem mais i n te 11 i gene ias-, nem artifícios <strong>de</strong> industrki, vio<br />

hum pobre <strong>Fr</strong>a<strong>de</strong> acabado, e perfeito hum Convento, que começou dos

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