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Fr. Luís de Cácegas – Vol.4 - opscriptis

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PARTICULAR DO REINO DE PORTUGAL 265<br />

íadres <strong>de</strong> Santa Martha, estarem com nome, e esiado <strong>de</strong> Terceiras,<br />

quando na realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> costumes, e austerida<strong>de</strong>s não diílirião nada das<br />

que Unhão nome <strong>de</strong> primeiras na regra. Assim buscou meios, e fez di-<br />

ligencia, com que alcançou <strong>de</strong> Roma as licenças necessárias; e apoz el-<br />

las a do Provincial (não po<strong>de</strong>mos averiguar ao certo d'esta, nem das ou-<br />

tras): e esta ultima veio acompanhada <strong>de</strong> huma patente, para a Prioresa<br />

do Paraíso mandar três Religiosas, que fossem reduzir a casa ao estilo<br />

da Observância. Foram estas as Madres Soror Violante cVAssumpção,<br />

logo instituída, e confirmada em Prioresa; Soror Antónia <strong>de</strong> Santo Tho-<br />

mas, e Soror Joanna <strong>de</strong> Christo. Mostrarão as Terceiras no fervor, e ele-<br />

vação com que abraçarão o novo rigor, o gosto, e cuidado, que tinhão<br />

osto pelo alcançar. Porque em pouco tempo <strong>de</strong> discípulas, se íizerão<br />

estras; e adiantarão tanto em todos os particulares, que fazem a Reli-<br />

ião fermosa, que as fundadoras houverão por <strong>de</strong>snecessária sua assis-<br />

ncia entre ellas, e pedirão aos Prelados licença para se tornarem para<br />

seu Convento. Foi-se Soror Violante antes <strong>de</strong> cumpridos quatro ânuos<br />

e seu cargo, <strong>de</strong>ixando já muitas íilhas <strong>de</strong> habito, e profissão. Acomanhou-a<br />

Soror Antónia, e o mesmo quizera fazer Soror Joanna. Mas<br />

ão po<strong>de</strong> sei'; porque a pedirão as Religiosas por Prelada. E (içou no<br />

olíicio obrigada <strong>de</strong> preceito <strong>de</strong> santa obediência, que se afíirma lhe cus-<br />

tou muitas lagrimas, e muita <strong>de</strong>sconsolação.<br />

CAPÍTULO XXII<br />

Mudão estas Religiosas casa, e nome <strong>de</strong> Santa Martha em casa, e nome<br />

<strong>de</strong> Santa Catharina <strong>de</strong> Sena.<br />

Começou Soror Joanna <strong>de</strong> Christo sua Prelacia com lagrimas, pro-<br />

nostico certo <strong>de</strong> boas venturas, e <strong>de</strong> administração inteira e santa. Que<br />

não era outro o alvoroço, com que os Santos antigos aceitavam mandar;<br />

e por isso sahião tão acertados seus governos. A primeira cousa, em<br />

que oceupou seu entendimento, <strong>de</strong> matérias temporaes (porque as espi-<br />

rituaes corriam com gran<strong>de</strong> concerto, e não havia que melhorar nellas)<br />

foi buscar sitio para nova casa. Era tal o <strong>de</strong> Santa Martha, que sobre<br />

ser estreito, não tinha em si commodida<strong>de</strong> para se alargar. E convinha<br />

fazer recolhimento, não só para muitas molheres nobres, que requerião<br />

o habito ; mas também para as que já o tinhão ; que todas estavão mal

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