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Fr. Luís de Cácegas – Vol.4 - opscriptis

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PAHTICULATl DO REINO DE PORTUGAL 203<br />

e cento e sincoenta e duas cabeças <strong>de</strong> gado miúdo, e trezentos cruzados<br />

íin dinheiro.<br />

capitulo xxi<br />

h-igem, e antiguida<strong>de</strong> do Mosteiro <strong>de</strong> <strong>Fr</strong>eiras <strong>de</strong> Santa Catharina <strong>de</strong> Sena<br />

d' Évora, antes <strong>de</strong> ser recebido na Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> S. Domingos, e no titulo<br />

<strong>de</strong> Santa Catharina.<br />

Segue as Alcacevas em ancianida<strong>de</strong> da Or<strong>de</strong>m a casa <strong>de</strong> Santa Ca-<br />

tarina <strong>de</strong> Sena dEvora; inda que ein sua primeira origem lie muito<br />

tais antiga. Houve n'esfca cida<strong>de</strong> humas <strong>de</strong>votas molheres da geração<br />

los Es tacos, que ivella foi em tempos a traz nobre, e conhecida; que <strong>de</strong>-<br />

terminando-se em servira Deos, retiradas do trato, e vaida<strong>de</strong>s do mundo,<br />

tomarão casas juntas pelos annnos do Senhor <strong>de</strong> 1400. E ficou em<br />

memoria, que a primeira em que viverão, era <strong>de</strong> huma Senhora, que cha-<br />

mavão Dona Guiomar da Silveira, a qual escolherão convidadas da com-<br />

medida<strong>de</strong> <strong>de</strong> hum bom oratório, que rfcllas havia, e que então se acha-<br />

va em mui poucas da cida<strong>de</strong>. Neste sitio forão proce<strong>de</strong>ndo com tanto<br />

concerto <strong>de</strong> vida em virtu<strong>de</strong> e clausura, que se fizerão estimar do povo,<br />

e erão conhecidas pelo Recolhimento dos Estacas, dando-se-llie o nome<br />

da família <strong>de</strong> que tinhão o sangue. Outros lhes chamavão as Beatas <strong>de</strong><br />

Santa Martha, por ser tal a invocação do Oratório. Andando o tempo,<br />

foi-se-lhe chegando gente: e como crescerão em numero, cresceo também<br />

o <strong>de</strong>zejo <strong>de</strong> perfeição. Ficarão em lembrança os nomes <strong>de</strong> seis, que com<br />

animo verda<strong>de</strong>iramente religioso vierão a renunciar por escritura publi-<br />

ca todos os bens, e rendas, que possuião, que foi hum género <strong>de</strong> votar<br />

pobreza: fazendo perpetua doação áquella Communida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tudo o que<br />

<strong>de</strong> presente tinhão, e ao diante lhes podia por qualquer via pertencer.<br />

Chamarão a isto testamento, E foi feito aos sinco dias <strong>de</strong> Março do anno<br />

<strong>de</strong> 1485. Logo seguio a renunciarão <strong>de</strong> fazenda outra mais difíicultosa,<br />

que foi das vonta<strong>de</strong>s, sugeitando-se todas <strong>de</strong> commum parecer ao gover-<br />

no <strong>de</strong> huma sú. Chamavão-se as seis Maria da Fonseca, Isabel Godinha,<br />

Leonor da Fonseca, Inez Martins, Leonor <strong>de</strong> Pina, Isabel Aífonso. E foi<br />

Maria da Fonseca a que ficou com o cargo das pessoas, e fazenda <strong>de</strong><br />

iodas, e como Prelada. E para que tudo fosse novo, escolherão também<br />

novo titulo para a companhia. Começarão a chamar-lhe Ajuntamento das<br />

pobres, e á Prelada a mór Pobre. Era o aposento em que vivião, vizi-

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