29.06.2013 Views

Fr. Luís de Cácegas – Vol.4 - opscriptis

Fr. Luís de Cácegas – Vol.4 - opscriptis

Fr. Luís de Cácegas – Vol.4 - opscriptis

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

424 livho v da historia dk s. domingos<br />

colheo ao Vigário geral <strong>Fr</strong>ei <strong>Fr</strong>ancisco, por ser ido a Goa na conjunção,<br />

que veio o cerco. Mas acharão-se nella os Padres <strong>Fr</strong>ei Manoel Ferreira,<br />

e <strong>Fr</strong>ei Gonsalo, por alcunha o Ganço: dos quaes os infiéis alancearão<br />

logo com fúria infernal o Padre <strong>Fr</strong>ei Manoel: e o outro levarão cativo.<br />

Entrando o anno <strong>de</strong> 1616 foi tornado a mandar a Sião o Padre <strong>Fr</strong>ei<br />

<strong>Fr</strong>ancisco d'Annunciação pelo Viso -Rei Dom Jeronymo d'Azevedo: a ra-<br />

zão, que teve para o mandar, e a importância do que foi negociar, nos<br />

especifica huma certidão do mesmo Viso-Rei, que iiida que passada <strong>de</strong>-<br />

pois <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixado o cargo, tem bastante credito, e por isso irá aqui co-<br />

piada, e he a seguinte:<br />

«Dom Jeronymo d'Azevcdo, do Conselho <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong>, etc.<br />

Certifico, que sendo Viso-Rei (Teste Estado, man<strong>de</strong>i ao Padre <strong>Fr</strong>ei <strong>Fr</strong>an-<br />

cisco d'Annunciaçâo, Religioso Pregador da Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> S. Domingos, ao<br />

Sião, em Ires <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 616, a effeito <strong>de</strong> ttatar amiza<strong>de</strong>s fixas com<br />

o Rei, e a persuadil-o, e fazer com elle, mandasse a seus vassallos, que<br />

fossem a Malaca com juncos <strong>de</strong> fazendas, e mantimentos, como antiga-<br />

mente hião; pelo muito que importa para bem, e segurança d'aquella<br />

fortaleza o tal commercio; e tratar juntamente o modo, como se havia<br />

<strong>de</strong> sustentar, e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a fortaleza <strong>de</strong> Martavão, que o dito Rei oífere-<br />

ceo a este Estado, por carta sua, e seus enviados: e que vindo o Rei<br />

em todas as cousas, que mandava tratar com elle, mandasse a esta ci-<br />

da<strong>de</strong> algum Fidalgo <strong>de</strong> sua Corte grave, e pratico, para se assentarem,<br />

e concluirem <strong>de</strong> todo estes negócios, e amiza<strong>de</strong>. O que tudo aceitou o<br />

dito Padre fazer, por lh'o eu pedir, e a sua obediência lho mandar, e<br />

por ser muito zeloso do serviço <strong>de</strong> Deos, e <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong>. Fez mui-<br />

to inteiramente tudo o que lhe man<strong>de</strong>i, como varão <strong>de</strong> muita prudên-<br />

cia, e virtu<strong>de</strong>; fazendo com o Rei, que mandasse juncos á fortaleza <strong>de</strong><br />

Malaca, com fazendas, e mantimentos, e chumbo, assim seus, como <strong>de</strong><br />

Portuguezes, como em effeito mandou. E finalmente trouxe comsi-<br />

go os Embaixadores do dito Rei <strong>de</strong> Sião, para effeituarem, e concluirem<br />

<strong>de</strong> todo esta amiza<strong>de</strong>; e <strong>de</strong>pois passarem com o dito Padre a Portugal,<br />

com carta, e presente para Sua Magesta<strong>de</strong>. E por me constar <strong>de</strong> tudo,<br />

o que n'esta digo, lhe passei esta certidão para bem <strong>de</strong> sua Religião: e<br />

juro aos Santos Evangelhos ser verda<strong>de</strong>. Em Goa, 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 618.<br />

Dom Jeronymo d y<br />

Azevedo.»

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!