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Fr. Luís de Cácegas – Vol.4 - opscriptis

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PARTICULAR DO 115-1X0 DE POMTGAL 133<br />

nelas cTel-Rei Dom João II, pelo pai; e todas seis <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Reis<br />

a poucos passos pelas mais, que erâo filhas do senhor Dom Álvaro, ir-<br />

mão do Duque <strong>de</strong> Bragança. Durahuma tradição, que lhes fezaDuqueza<br />

ifeste passo huma pratica com tanto espirito, e pieda<strong>de</strong> chrístãa, que en-<br />

chia <strong>de</strong> <strong>de</strong>vação as noviças, e <strong>de</strong> espanto as <strong>Fr</strong>eiras velhas: e até os Pre-<br />

gadores, que assistirão no acto, confundio, representando-se-lhes, que<br />

vião revestido n ;<br />

ella hum Santo Agostinho. Fora boa ventura, e bom<br />

exemplo para as Princesas, que hoje vivem, que a tivéramos estendida-<br />

mente, como passou. Diremos alguma cousa das particularida<strong>de</strong>s, que<br />

então ficarão celebradas. Mas será tudo pobre, e frio, pois lhe ha <strong>de</strong><br />

faltar o espirito <strong>de</strong> quem as disse, que lhes <strong>de</strong>via dar a vida, e al-<br />

ma, que aos nossos <strong>Fr</strong>a<strong>de</strong>s admirou. Foi primeiro ponto, lembrarlhes<br />

e mandar-lhes, que d^quella hora em diante não quizessem, nem<br />

consentissem ser tratadas com os títulos, que por filhas <strong>de</strong> seus pais, e<br />

netas <strong>de</strong> seus avós usavão no mundo. Que pois merecerão a Deos tão<br />

boas venturas, como escolhel-as para si, e tiral-as do lodo da terra, nenhuma<br />

cousa (Telia <strong>de</strong>vião querer levar comsigo; mudava-se a vida, mu-<br />

dassem os gostos d'ella. Senhorias, vaida<strong>de</strong>s, opinião, era farinha do<br />

Egypto. Quem pertendia lograr o Manná celestial da Religião, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo<br />

as havia <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar; lembrando-se que os filhos" <strong>de</strong> Israel nunca alcança-<br />

rão aquelle pasto milagroso do Ceo, senão <strong>de</strong>pois que <strong>de</strong> todo se acha-<br />

rão <strong>de</strong>spejados do que tinhão trazido comsigo da má terra dos Egypcios.<br />

E não queria, que aceitassem este conselho por outra razão, senão pela<br />

mesma <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za, e brio. De rústico era notado, quem entrando do<br />

Paço não guardava os estilos d'elle. Se he verda<strong>de</strong>, comohe, que o Paço<br />

do Rei da gloria he qualquer Religião bem ornada, mais teria <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>,<br />

e <strong>de</strong> bem entendida quem se soubesse avantajar nos pontos, que nello<br />

se estimavão. A honra maior (dizia) da casa <strong>de</strong> Deos he <strong>de</strong> quem rfella<br />

mais se abate, assim nos ficou dito por boca do Re<strong>de</strong>mptor. Será logo<br />

liielhor costume na Religião aquelle, que menos se parecer com os da<br />

terra. Senhoria he titulo vão, e falso; porque ninguém he senhor, senão<br />

Deos; nem nomeado ha <strong>de</strong> ser entre vós. Nem ainda hum Dom haveis<br />

<strong>de</strong> *níwj\ que todavia acena profanida<strong>de</strong>. Troque-se a Senhoria em hum<br />

fallar do bom tempo <strong>de</strong> nossos passados, que até os Reis tratavão com<br />

hum vós. Troque-se o Dom no termo singelo, e amigo <strong>de</strong> Soror, que he o<br />

mesmo que irmãa, em que todas as casas mais observantes confirmai)<br />

e pur isso cresce ncllas a virtu<strong>de</strong>, e serviço <strong>de</strong> Deos. Esta igual dad *<br />

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