Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...
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Tal é o pre<strong>do</strong>minio dcspotico <strong>de</strong> certos pre,juizos, e tal o effeito<br />
<strong>do</strong> <strong>de</strong>testavel systerna <strong>de</strong> se <strong>da</strong>r a trabalhos historicos, como quem<br />
fez catalogas <strong>de</strong> bispos, ou ephemeri<strong>de</strong>s historicas.<br />
Thomaz <strong>da</strong> Encarnaçáo, no cap. I ." <strong>do</strong>s Prolegomenos <strong>de</strong> sua<br />
histeria, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> entregar o primeiro capitulo A investigaçiio sobre<br />
o nome <strong>de</strong> Liisitariia, prociira fixar os limites <strong>da</strong> egreja lusitana,<br />
e no Sj i.", tracturi<strong>do</strong> <strong>do</strong>s limites civis, escreve:<br />
«Lusitana Ecclesia, si propriae Lusitaniae nomen, ac partes, jiixla<br />
eos, qiii gcographica mctho<strong>do</strong> pertractarunl, aspiciam ... v<br />
averum quae nostris temporibiis Portugalia norninatur.. . . a)<br />
E, tocan<strong>do</strong> as ultimas palavras <strong>do</strong> capitulo, ciii<strong>da</strong> este escrigtor<br />
ter com to<strong>da</strong> a clareza fixa<strong>do</strong> os limites <strong>da</strong> egreja lusitana, teri<strong>do</strong>-<br />
rios dicto que a egreja lusitana, se atteii<strong>de</strong>rmos ao proprio nome<br />
dtl Lusitania, tem certos limites; mas que, se olharmos ao que no<br />
tempo d'elle se chamava Portugal, a mesma egreja tem outra pe-<br />
ripheria !<br />
Esta confusão aupcnta, se formos ler o $ 1 1 <strong>do</strong> mesmo capi-<br />
bulo, on<strong>de</strong> o auctor vai explicar-nos os limites ecclesiasticos <strong>da</strong><br />
:greja lusitana. Agora ella já não comprehcn<strong>de</strong> to<strong>do</strong> o espaço <strong>da</strong><br />
intiga Lusitania, mas sómerite o que ao tempo d'esse escriptor se<br />
Ilustrava com o nome <strong>de</strong> Lusitania ou <strong>de</strong> Portugal !<br />
«Per iiniversam Lusitaniam, diz elle, et ceterum terrae flexum pro-<br />
vinciae Tarrac~nensis quae nostra aetate Liisitaniae aut Portiigaliae<br />
nomine insignitur, Komanoriim, Suevornm Gotlioriimque tempore,<br />
quator<strong>de</strong>cim episcopales se<strong>de</strong>s.. . I)<br />
Para acabarmos <strong>de</strong> confundir as idkas a este respeito nâo t<br />
preciso mais <strong>do</strong> que lêr, a pag. 48 <strong>do</strong> i." tomo, o que ahi se diz<br />
<strong>da</strong> divisão <strong>da</strong>s shs.<br />
Irititula-se um quadro, ou mappa <strong>de</strong> varias sks <strong>da</strong> peninsula-<br />
Portugaliae sedium diuisio - e começa logo por se <strong>de</strong>screver essa<br />
divisão sob o reina<strong>do</strong> <strong>de</strong> Theo<strong>do</strong>miro, rei <strong>do</strong>s suevos no aniio 607<br />
-sub Theo<strong>do</strong>miro Sueuorum Rcge -! e assim continha, clas-<br />
sifican<strong>do</strong> as modificações sob os reina<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Kecesvin<strong>do</strong> e IYam-<br />
ba, reis go<strong>do</strong>s, como se estes reis fossem reis <strong>de</strong> Portugal!<br />
Revela isto uma confusâo absoluta <strong>de</strong> idkas; e <strong>de</strong>ixa ver que