28.08.2013 Views

Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...

Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...

Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Em o r)." 9 <strong>de</strong>screve a posiçho <strong>da</strong> egreja portugueza para com<br />

a sancta Se<strong>de</strong>:<br />

«9. Quan<strong>do</strong> mostrar qiie a egreja portiiguera rcconheceu em to<strong>do</strong> a<br />

tempo o reina<strong>do</strong> e a aiictori<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s Siimmos Pontilices, conservan<strong>do</strong>-se<br />

semprc em uma aperta<strong>da</strong> e estreita iinião com a sancta Se<strong>de</strong><br />

Apostolica. como centro co~~inium <strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> egreja e dii religião<br />

chrislã. mostrará tiimbcni o trio<strong>do</strong> e a fornia, com qiie os Pontifices<br />

(xerci1;iriim o seu po<strong>de</strong>r e aiictori<strong>da</strong><strong>de</strong> na mtBsrna cgrcxja: faíeiidn ver,<br />

que a tractíiram nio como serva, mas como filha: qiic a ol)cdicnria que<br />

por ella Ihc foi tributa<strong>da</strong>, náo foi senil, mas sim filial : e qiie si) neste<br />

senti<strong>do</strong> se podcm contar com jer<strong>da</strong><strong>de</strong> es!es Reinos, c as cgrejns d'el-<br />

Ics entre os paizes e as egrejas <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong>s <strong>da</strong> obediencia: <strong>de</strong>sterran<strong>do</strong>-se<br />

inteiramente qiialquer idfa <strong>de</strong> utiediencia, que não srja milito<br />

racional e to<strong>da</strong> digna <strong>do</strong> car.irtrr <strong>da</strong>-sancta Sb<strong>de</strong> Apostolic~i, sem qiie<br />

por mo<strong>do</strong> algum se possa confundir, oii equivocar com a escravidão que<br />

a ambas as dictas rgrejas seria in<strong>de</strong>corosa.))<br />

O n." 10 é <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> a <strong>de</strong>clarar o ohjecto <strong>da</strong>s liber<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

egreja portugueza, fazen<strong>do</strong> d'ellas tres grupos:<br />

nlO. Fará ver, que a egreja Portiigueza (<strong>da</strong> mesma sorte que as<br />

<strong>da</strong>s outras nay6es) goza tamlirrn <strong>da</strong>s siias li1)rr<strong>da</strong>dcs. qiic sempre seloii<br />

c conservou: <strong>de</strong>claran<strong>do</strong> qiie ellas consistc~iii: Prin~o: na retencão <strong>de</strong><br />

algiins iisos, cnstiimes c obscriaiicias ciinoiiic~is. qiie clia conscrvoii<br />

seniprct* tem dirclito tle conservar I- <strong>de</strong>ft,iitier como Icgitimos por aii-<br />

Iliori<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> concilio Sicctiio, qiie os miintla girar<strong>da</strong>r. Secun<strong>do</strong>: na obser\;inciii<br />

tios caiioncs antigos, qiic posto sc não possa nella provar<br />

~eríilmente. phdc cornt.ii<strong>do</strong> mostrar-se com milita eri<strong>de</strong>ncia em alguns<br />

pontos e artigos <strong>da</strong> disciplina antiga, e mais piira. cin qiic ella resistiu<br />

sempre constante As innovari,es posteriores, e siiccrssivas piibliearóes<br />

<strong>da</strong>s falsas <strong>de</strong>cretacs. Tertio: em algiins 1)re~'s. cm I~ullas, qiie foram<br />

<strong>de</strong>pois concedi<strong>da</strong>s á mesma cgrejn. aos bispos, aos prela<strong>do</strong>s d'ella, á nacão<br />

e aos senhores reis meus pre<strong>de</strong>cessores, entre os qiiaes ha muitos,<br />

que sem embargo <strong>de</strong> terem si<strong>do</strong> rc~nccdi<strong>do</strong>s em L(,iina <strong>de</strong> privilegias e<br />

<strong>de</strong> graras, não são mais <strong>do</strong> que iins vcr<strong>da</strong>dciros reconhccimentos <strong>de</strong><br />

legitimi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong>s costumes e observancias que fazem objecto d'estes.~<br />

Como estes estatutos não fizeram seriào cxpor assim em these<br />

qual a natureza <strong>da</strong>s liber<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> cgclja portiigiicza, e tiveram a<br />

franqueza <strong>de</strong> dizer que cm alguns pontos, tlm qiie a disciplina se<br />

afastdra <strong>do</strong> espirito <strong>da</strong> reforma feita pcliis falsas <strong>de</strong>cretaes, conser-<br />

van<strong>do</strong> a pureza <strong>de</strong> algiiris antigos ranories, n8o era facil proval-as<br />

geralmente, posto que com muita evi<strong>de</strong>ncia se podia mostrar em<br />

vQrios artigos; a escola ultramoatana tomou a palavra, e veiu es-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!