Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...
Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...
Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
suffraganeas <strong>da</strong> mtmpole & m, <strong>de</strong> maneira que, Mn<strong>do</strong> a pertencer-nos<br />
esta q, elia foi a primitiva e nnica rnetropole <strong>da</strong> primeira<br />
cpocha <strong>da</strong> iossa vi<strong>da</strong>.<br />
~ertenciam-1~~ terras portuguezas os bispa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Portucale,<br />
clc Vilru, rle Cd&a, dc Larnego, <strong>de</strong> Egitania I<strong>da</strong>nha, ao pí. <strong>da</strong><br />
Ciiartla' e ~ritoth (ao pl: dr Vianna).<br />
Antw porem d'esta <strong>de</strong>smcmbraqfio <strong>do</strong> reino <strong>de</strong> Portiigal, cm<br />
1 122, o mcsmo Callixto ri transferira a velha metropole dc Meri<strong>da</strong><br />
para Compostclla, e sob esta nova clivisiio 6 qiie appareceii a rprrja<br />
portugueza no seeulo xir, sem comtu<strong>do</strong>, como observámos, contar<br />
senso uma metropole.<br />
Notemos <strong>de</strong>ç<strong>de</strong> já a intervenqão <strong>do</strong>s papas na transferrncia <strong>da</strong>s<br />
metropolcs e divisa0 <strong>da</strong>s dioceses.<br />
Comcça\am então as nossas conquistas para o sul <strong>de</strong> Monte-mór,<br />
c as irrciirs6es para além <strong>do</strong> Tojo. Conquistava-se Santarem, Lisboa,<br />
Silccq, Guar<strong>da</strong>, Beja, Evora, c, á medi<strong>da</strong> que se arrebatavam aos<br />
sarraccnos algumas d'estas ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s, ahi se erigiam bispa<strong>do</strong>s.<br />
Paremos aqui.<br />
Como se realisaram estas erecçõrs <strong>do</strong>s novos bispa<strong>do</strong>s? I? o primriro<br />
ponto a resolver. IIa uma longiiiqua similhança entre o qiic<br />
fnzinni os nossos monnrchas, ganhan<strong>do</strong> as ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s e elevan<strong>do</strong> as rio-<br />
\,i9 cnihedraes, e o que aconteceu com os apostolos rios primeiros<br />
dias <strong>do</strong> christianismo.<br />
R~itlcs, barbaras, mal scguras <strong>da</strong>s invasões musulmanas, as novas<br />
citladrs christss, á medi<strong>da</strong> qtie se emancipavam, iam rrtebcri<strong>do</strong><br />
o bispo, piar<strong>da</strong> <strong>da</strong> fé, po<strong>de</strong>roso Irnitibo dc muitos males, e forte<br />
clrm~nto <strong>de</strong> conservaç80 <strong>da</strong> nova in<strong>de</strong>prn<strong>de</strong>ncia pela differcnça <strong>de</strong><br />
rcli$ío, e pelo conforto <strong>de</strong> sua prrsenca.<br />
011 por politica, ori por pie<strong>da</strong>dc, os nossos monarchas conqiiis-<br />
ta<strong>do</strong>res, ao mesmo tempo que sobre as ameins <strong>da</strong>s muralhas sub-<br />
stituiam o pendão <strong>da</strong>s quinas ao estan<strong>da</strong>rte musulmano, no inte-<br />
rior <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s, ao p~? <strong>do</strong>s agu<strong>do</strong>s minart.tcs <strong>da</strong>s mesqiiitas, faziam<br />
elcvar ])ara o céu as agulhas e as cruzes <strong>da</strong>s cathedraes gothicas.<br />
Obsriiras, as chronicas d'estes asperos tempos, não nos <strong>de</strong>ixaram<br />
clara narra~ùo d'estes fartos.<br />
-1 pic<strong>da</strong>dc, porem, <strong>do</strong>s reis, que os Icvára a submcttrr-\c> ií su-<br />
prc.maçia politica <strong>do</strong>s pontificcs, para consrguir firme csleio dc sua<br />
indcpciiclencia; e por outro la<strong>do</strong> o cui<strong>da</strong><strong>do</strong> sempre ~igilante e iricansavel<br />
<strong>do</strong>s papas em fazer valer por to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong> o seti po<strong>de</strong>rio; cxpli-