Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...
Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...
Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os tempos a sB apostolica teve esta prerogativa? estamos<br />
nós nos seculos <strong>da</strong>s falsas <strong>de</strong>cretaes, cegos pela ignorancia<br />
miseravel d'esses tempos ? As falsas <strong>de</strong>cretaes não sáo uma etraducçno<br />
<strong>da</strong> disciplina consuetudiriaria pura. O seu apparecimento 6<br />
um facto essencialmente activo e intelligente e que por isso mesmo<br />
a egreja <strong>de</strong>ve reprovar.<br />
Surge to<strong>da</strong>via aqui uma dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> mui extraordinaria. Como<br />
durante oito seculos se acreditou na pureza <strong>da</strong>s falsas <strong>de</strong>cretaes e<br />
a ellas se c!(w inteira força, apezar <strong>de</strong> sua falsi<strong>da</strong><strong>de</strong>; acontece que<br />
a disciplina <strong>do</strong>s concilios <strong>do</strong>s oito primeiros seculos, postoque nTio<br />
leva<strong>da</strong> i1 practica, continúa 'nestes oito annos seguintes a ser realmente<br />
a lei, a disciplina ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira ; porque to<strong>da</strong> a nova disciplina<br />
ou se fun<strong>da</strong> nas <strong>de</strong>cretaes falsas, ou se baseia em <strong>de</strong>cretaes,<br />
que, postoqric dimana<strong>da</strong>s <strong>do</strong> legitimo po<strong>de</strong>r legislativo <strong>da</strong> egreja,<br />
n;?o tem comtu<strong>do</strong> uma razão <strong>de</strong> ser acceitavel, nem paranós, riem<br />
para o proprio legisla<strong>do</strong>r, porque foi sua <strong>do</strong>utrina bebi<strong>da</strong> nos<br />
erros radicn<strong>do</strong>s por aquelle embuste.<br />
Como poi+m <strong>de</strong>rrubar to<strong>do</strong> este edificio, quan<strong>do</strong> o concilio <strong>de</strong><br />
Trcnto nol-o impe<strong>de</strong> com o seu anathema, e o tempo com n sua<br />
auctori<strong>da</strong><strong>de</strong> ?<br />
A outros o cui<strong>da</strong><strong>do</strong> <strong>de</strong> solver este problema, se solução possivel<br />
se Ilie encontra: vamos cxpon<strong>do</strong> as phases di~ legislação canonica<br />
singelamente e sem pretcnsòcs <strong>de</strong> propbr reformas 'nestes<br />
capitulas d'essa legislação.<br />
Resta-nos observar que em to<strong>da</strong> esta collecção o esta<strong>do</strong> não<br />
tem partilha 'na herança <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r. O capitulo seguinte explicará<br />
esta exclusão.