Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...
Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...
Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
ispo <strong>de</strong> Nicea, este ultimo, convi<strong>da</strong><strong>do</strong> pelos juizes a respon<strong>de</strong>r 6s<br />
allegações <strong>do</strong> lihello <strong>de</strong> Eunomio, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> appellar para ariti-<br />
gui<strong>da</strong><strong>de</strong> e velha disciplina, acaba dizen<strong>do</strong> : - Nec enim ego ali-<br />
quid amplius v010 '.<br />
Apezar, porem, <strong>de</strong> tão claro scr o assiimpto cm face d'estes<br />
canories c lia prcscnça <strong>da</strong> liisloria d'estc concilio, os carionistas<br />
gregos, entre cllcs os celcbres Balsamon e Zoiiaras, crbem que em<br />
vista mesmo d'esses canoncs se <strong>de</strong>scobre que ao esta<strong>do</strong>, por con-<br />
cessão <strong>da</strong> egreja, pertence o direito <strong>da</strong> erecçáo <strong>de</strong> metropoles e<br />
dioceses.<br />
Argumentam com o final <strong>do</strong> can. xvrr, o qual estatue o se-<br />
guinte:<br />
aSi qua vero civitas potestate imperiali novata est, aut si protinus<br />
innovetur, civiles dispositiones et publicas, ecclesiasticarum quoque<br />
parochiarum ordines subsequantur.~<br />
Ao primeiro aspecto este canori parccc contradizer o can. xri<br />
acima transcripto; porque alli se tira aos impera<strong>do</strong>res o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />
crear digni<strong>da</strong><strong>de</strong>s ecclesiasticas por pragmaticas suas, e aqui se or-<br />
<strong>de</strong>na a inteira submissão ao que por auctori<strong>da</strong><strong>de</strong> imperial se fizer;<br />
alli os padrcs tinham dicto que a pragrnatica não valia contra a<br />
regra; aqui <strong>de</strong>creta-se a superiori<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s civiles et publicas dis-<br />
positiones.<br />
Depois <strong>do</strong> que temos narra<strong>do</strong> <strong>da</strong> historia <strong>do</strong> concilio, se v& bem<br />
jA que este final <strong>do</strong> can. xvrr nóo p6<strong>de</strong> significar o que os cano-<br />
nistas gregos preten<strong>de</strong>m 2.<br />
A antiriomia 6 s6 apparente, como vamos <strong>de</strong>monstrar.<br />
Mais <strong>de</strong> uma vez temos dicto quc as gran<strong>de</strong>s divisões ccclesias-<br />
ticas nóo apparcccram por <strong>de</strong>termiriaçúo meramente ecclesiastica;<br />
as circuinstancias as produziram com sira força in<strong>de</strong>clinavel, e a<br />
egreja as acceitou <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os seus primeiros dias.<br />
É' (pieentão mal se comprchciitlia c~iiantos odios e ambipões<br />
haviam <strong>de</strong>pois gerar estes gran<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>res metropoliticos e pa-<br />
triarchaes.<br />
fi que então, in<strong>de</strong>cisa ain<strong>da</strong> em sua fdrrna, como qiir ingeriiia e<br />
pura e sem na<strong>da</strong> comprehen<strong>de</strong>r ain<strong>da</strong> <strong>da</strong>s cousas <strong>do</strong> n~iinclo, a<br />
1 Veja-se a actio xirr.<br />
2 Chr. I~upus. - Byuod. gener. ac provinc. <strong>de</strong>creta ct canona. P. I..,<br />
scliol. et itot. ad can. xvir Chalce<strong>do</strong>u.