Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...
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$ tão ver<strong>da</strong><strong>de</strong> o que dizemos, que no proprio seculo n, apezar<br />
<strong>de</strong> j6 terem appareci<strong>do</strong> as falsas <strong>de</strong>cretiies, ain<strong>da</strong> se n8o reconhe-<br />
cia geralmente no papa o direito <strong>de</strong> erigir metropoles e crear bis-<br />
pa<strong>do</strong>s.<br />
Jo80 ix, nos começos d'esse seculo, instituiu uma metropole e<br />
trcs novos bispa<strong>do</strong>s nas terras <strong>do</strong>s sclavòes, que se tinham conver-<br />
ti<strong>do</strong> h fé catholica.<br />
Pheotmaro, primaz <strong>da</strong> egreja <strong>de</strong> Juvanense, e outros bispos alta-<br />
mente protestaram contra estes factos, como contrarios aos sanctos<br />
canoncs e absorventes <strong>da</strong> auctori<strong>da</strong><strong>de</strong> episcopal; o que se v6 <strong>da</strong><br />
epistola yue a este pontifice dirigiram 1.<br />
Von Espen escreve a este respeito%:<br />
*Hae querela Episcoporum <strong>de</strong> hac per Homaiiiim Pontificem facta<br />
ercctionc sat ostciidit, nondiim eo temporc gencralitcr agnilam fiiisse<br />
auctoritatem erigcndi Ecclesias Metropoliticas aut Cath're<strong>da</strong>lcs ad llo-<br />
manum Pontificem contra pristinum canoniim instituta e1 Ecclesiae<br />
corisuetudinem esse <strong>de</strong>volutam 3. n<br />
Duas palavras sobre a historia <strong>do</strong> crescimento <strong>do</strong> pnpa<strong>do</strong> at6<br />
iio scciilo ix acabarão <strong>de</strong> nos esclarecer este ponto.<br />
Quan<strong>do</strong> acima nothmos como <strong>de</strong>feito d'csta argumentaqào o sr-<br />
rcm lcmbrn<strong>do</strong>s factos crn limitii<strong>do</strong> numero e pela maior parte pas-<br />
sa<strong>do</strong>s nos suburbios <strong>da</strong> graridc ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, esquecen<strong>do</strong>-se o orieiite<br />
to<strong>do</strong>, nBo dcscobriamos inteiro o nosso pensamento.<br />
Não são s6 ns gran<strong>de</strong>s t\grejas riacioriacs <strong>do</strong> oriclntc c <strong>da</strong> Afrira<br />
septeritrional, que estes escriptores <strong>de</strong>ixam tsqueci<strong>da</strong>s: é o proprio<br />
occi<strong>de</strong>rite, é a mesina Italia, e na historia d'estas egrejas escori-<br />
1 Concil. General. coliim. 498, tom. 9.<br />
2 Tom. 1.0, 11. tit. XIX, cap. 2.O, n.O VIII.<br />
3 Os ino<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong>fensores d'estas prerogativas papaes, escreven<strong>do</strong> sobre o<br />
jocllio, cnhem em singular contradicç~o.<br />
Uma <strong>da</strong>s primeiras razòes, por que clamam que ao papa <strong>de</strong>ve pertencer a<br />
crcaç50, união c separação <strong>do</strong>s bispa<strong>do</strong>s, 6 a inexcedivel importancia d'estes<br />
objectos; e tanta consi<strong>de</strong>raçiio lhe dispensam, que d'ella partem como base<br />
<strong>de</strong> iiiducç8o historiea, para inferir que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o8 mais remotos aias <strong>da</strong> egreja<br />
so papa <strong>de</strong>vera ter pertenci<strong>do</strong> este direito.<br />
Se estc~ escriptores a30 sinceros, se conhecem o canon <strong>de</strong> Antiochia e sua<br />
origem c liistorirc, ccmo 6 que nào conce<strong>de</strong>m ao syno<strong>do</strong> provincial a resoluç%o<br />
d'estc assurnpto, negocio <strong>da</strong> provincin e que ii::o B proprio <strong>de</strong> certa arochia?<br />
Ou nAo sabem, ou estio <strong>de</strong> rn& f6, e cui<strong>da</strong>m que nos outroa haktn uma<br />
ignornncia tenebrosa.<br />
Veja Goschler, Diot. log. cit.