28.08.2013 Views

Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...

Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...

Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

legre, Aveiro, Pinhel c Castello-Branco regem interinamente, e<br />

em logar <strong>do</strong>s bispos, a diocese.<br />

Era isto sómente um esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> interini<strong>da</strong><strong>de</strong>, e em 18130 offere-<br />

ce-se um projecto em 28 <strong>de</strong> fevereiro, o qual náo chega a ser Iri.<br />

Tres annos <strong>de</strong>pois a Lei <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> agosto rcnova as auctorisações<br />

conferi<strong>da</strong>s ao goverrio pela lei <strong>de</strong> 1843, <strong>de</strong>claran<strong>do</strong> que fin<strong>da</strong>vam<br />

na legislatura <strong>de</strong> 1844, na qual o governo era obriga<strong>do</strong> a <strong>da</strong>r<br />

conta <strong>do</strong> uso que d'ellas fizesse.<br />

Depois <strong>de</strong> outro projecto apresenta<strong>do</strong> em 3 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 185'1,<br />

e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> se tractar <strong>da</strong> união <strong>do</strong> bispa<strong>do</strong> <strong>de</strong> Aveiro ao <strong>de</strong> Coiin-<br />

bra e <strong>do</strong> <strong>de</strong> Elvas a Portalegre, apparece finalmente o Decreto <strong>de</strong><br />

12 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1869, hoje em vigor.<br />

O ministro pon<strong>de</strong>rára a incoherencia <strong>da</strong> <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>na<strong>da</strong> divisão ter-<br />

ritorial ecclesiastica, pezára o esta<strong>do</strong> augustioso <strong>da</strong> fazen<strong>da</strong> publica<br />

que não permittia, em 16 bispa<strong>do</strong>s ,515 no continente, satisfazer, na<br />

medi<strong>da</strong> precisa a ca<strong>da</strong> um, a <strong>do</strong>tação necessaria á sustentação <strong>de</strong>-<br />

cente e vantajosa <strong>do</strong>s seminarios, <strong>do</strong>s cabi<strong>do</strong>s e fabrica <strong>da</strong> cnthe-<br />

dral; vira bem claro que assim náo lucrava a egreja, porqiie ncrn<br />

o episcopa<strong>do</strong> era mariti<strong>do</strong> na elevação e lustre <strong>de</strong> que carecia, iicbrri<br />

o crisirio mal organisa<strong>do</strong> <strong>do</strong>s seminarios seria porveitoso ; e que<br />

não podia, por outro la<strong>do</strong>, o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong>ixar assim aban<strong>do</strong>na<strong>da</strong> a<br />

egreja a quem <strong>de</strong>via a rigorosa e plena <strong>do</strong>tação ; -consultou o<br />

exemplo <strong>da</strong>s nações estrangeiras catholicas e viu a gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>spro-<br />

porção que existia d'ellas para a nossa, sen<strong>do</strong> que s6 com relação á<br />

Belgica, Portugal tinha tres vezes mais bispa<strong>do</strong>s <strong>do</strong> que ella.<br />

Ao mesmo tempo o governo conhecia que, teri<strong>do</strong> <strong>de</strong> eritaboiar<br />

ricgociaçócs directamente com a se ;ipostolica, e que nác sen<strong>do</strong> pro-<br />

vavel obtel-as tão brcvcmente quanto era necessario, pois que riestc<br />

tempo se realisava ou pretendia realisar um systema mais ou mc.-<br />

nos completo <strong>de</strong> cconomias nos serviços piihlicos <strong>da</strong> admiriistra-<br />

qão civil e ecclesiastica; era conveniente, para cstc cff~ito, não<br />

prover certo numero <strong>de</strong> bispa<strong>do</strong>s, ci~ja siippressiío se 1)rol)unlia<br />

obter, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong>-se, sem crear noços iiitcresses, essas dioccses com<br />

um simples governa<strong>do</strong>r.<br />

Estcs foram cm geral os motivos, pelo menos apparentes, d'cste <strong>de</strong>-<br />

creto, que <strong>de</strong>terminou sómente prokcr os bispa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Arigra, Braga,<br />

Rragança, Coimbra, Evora, Faro, Funchal, Porto, Lisboa e Vizcu.'<br />

i Veja o relatorio que acompanha eete <strong>de</strong>creto.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!