Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...
Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...
Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
posiçáo e attacam o que <strong>de</strong> mais sapa<strong>do</strong> ha no mun<strong>do</strong>; c dizei-me<br />
se nas garantia6 geraes <strong>da</strong> lei nao ancontrais agora, <strong>de</strong>pois <strong>do</strong><br />
apnga<strong>do</strong> o artigo 6.O <strong>da</strong> Carta, a força, o indispensavel e justo vi-<br />
gor, <strong>de</strong> qiie tanto se carece na protecç8o <strong>da</strong> liber<strong>da</strong><strong>de</strong> !<br />
Foi, porventura, em harmonia com o artigo 6." <strong>da</strong> Carta, foi<br />
cumprin<strong>do</strong> os <strong>de</strong>veres <strong>de</strong> protector que o Esta<strong>do</strong> portuguez extin-<br />
guiu as or<strong>de</strong>ns religiosas em 1834 ? foi cumprin<strong>do</strong> esses mesmos<br />
<strong>de</strong>veres que elle se approprioii <strong>de</strong> seus bens.? 6 na reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, como<br />
leal protector, que elle se v& obriga<strong>do</strong> hoje a não prover <strong>de</strong> bispos<br />
OB bispa<strong>do</strong>s <strong>do</strong> reino ?<br />
Foi assim, iisan<strong>do</strong> <strong>de</strong> seus <strong>direitos</strong>, que elle expulsou os jesuitas<br />
em tempos que 18 vio; porque então era elle, nlem <strong>de</strong> ~~rott-ctor,<br />
supremo inspector; mas essa força per<strong>de</strong>u-a hoje <strong>de</strong>pois 00 imp<br />
rio <strong>do</strong> governo livre; e, quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>via reeuperd-a nos saltitares<br />
principios <strong>do</strong>-direito commum, foi recusal-a no sexto artigo <strong>da</strong><br />
constituição que elaborou.<br />
Ahi 6 que esth to<strong>do</strong> o mal.<br />
Duvi<strong>da</strong>r d'isto C duvi<strong>da</strong>r <strong>de</strong> que o Esta<strong>do</strong> nZio esteja revesti<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong> força necessaria para a siia vi<strong>da</strong> livre e pacifica.<br />
Quanto a oulros effeitos d'esses males <strong>do</strong> ultrsinontanismo, quei-<br />
xemo-nos <strong>do</strong> pessimo esta<strong>do</strong> <strong>da</strong> nossa instrucçao e procuremos<br />
reformal-a quanto antes.<br />
Ella 8 s6 o unico meio efficaz <strong>de</strong> esmagar a vibora <strong>do</strong> ultra-<br />
montanismo, se vibora é ; ha <strong>de</strong> dizcl-o a discussao livre, e nuiica<br />
o explicar8 a protecção legal d'essa nieema seita, esten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> o<br />
seu influxo a to<strong>da</strong> a legislaçáo <strong>de</strong> um povo.<br />
Esta separaçso 8 vital; ha <strong>de</strong> impor-se, mais ce<strong>do</strong> ou mais<br />
tar<strong>de</strong>.<br />
Mais ce<strong>do</strong>, se a pru<strong>de</strong>ncia reformar as *leis ; mais tar<strong>de</strong>, quandil<br />
o embate sanguinolento <strong>do</strong>s interesses e <strong>da</strong>s ambições a encravar<br />
nas instituiçòes.<br />
Com ella o christianismo ba <strong>de</strong> viver mais dilata<strong>do</strong>s annos, por-<br />
que, aban<strong>do</strong>na<strong>da</strong> & inspecção <strong>do</strong>s firis, a disciplina ha <strong>de</strong> necessa-<br />
riamente reformar-se, ha <strong>de</strong> restabelecer-se na sua forma primi-<br />
tiva, e assim po<strong>de</strong>rá abraçar o progresso e a liber<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
fla aqui uma fatali<strong>da</strong><strong>de</strong> tao imperiosa, quanto o cliristiariismo<br />
e iiiseparavel <strong>do</strong> futuro.<br />
Antes <strong>de</strong> attingir o i<strong>de</strong>al, n nossa çivilisaç80 ha <strong>de</strong> aciibnr iim<br />
dia.