28.08.2013 Views

Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...

Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...

Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Não era preciso mais; aqui estavam to<strong>do</strong>s os principios <strong>da</strong> protecçáo<br />

e inspecç80. D'esta, que chamavam ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong>duziam<br />

ell~ tres principios: 1 .O que os <strong>direitos</strong> <strong>do</strong> imperio, nào obstante<br />

a a<strong>do</strong>pqáo <strong>do</strong> christianismo, se conservavam illesos, 2." que os imperantes<br />

sc constitiiiam na precisa e nova obrigaçào <strong>de</strong> proteger<br />

a cgre.ja c*atholica (10 seu esta<strong>do</strong>, 3." (agora aqiii 6 que nào comprelicn<strong>de</strong>mos)<br />

que era consequencia d'esses <strong>do</strong>is principios, que ao<br />

impera<strong>do</strong>r christáo viessem a pertencer-lhe a respeito <strong>da</strong> egreja, <strong>do</strong><br />

seu esta<strong>do</strong>, <strong>da</strong>s pessoas e cousas ecclesiasticas os <strong>direitos</strong> <strong>de</strong> inspecção<br />

como impera<strong>do</strong>r e como protector.<br />

Tu<strong>do</strong> isto era fun<strong>da</strong>menta<strong>do</strong> com exemplos <strong>do</strong>s codigos Justinianeo<br />

e Ttieo<strong>do</strong>siano, auctori<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s glossas e rcscriptos <strong>do</strong>s<br />

impera<strong>do</strong>res 4.<br />

O celebre Pedro <strong>de</strong> Marca concorrêra efficazmente para <strong>da</strong>r<br />

vi<strong>da</strong> n estas theorias; elle, Eybcl e Iticger, c o mesmo Antonio<br />

Pereira <strong>de</strong> Figueirc<strong>do</strong>, eram os canonistas favoritos <strong>do</strong>s nossos<br />

escriptores.<br />

Antes e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> D. José, e até hojc, a Irgislii~.ào, a jurisprii<strong>de</strong>ricia,<br />

a scieiicia nl~raçaram estas id&s cscoliisLicas.<br />

Alguns d'rsles pi.iiicipios, que corn o direito rornario sc tililiam iiitroduzi<strong>do</strong><br />

nas ordcriayòcs <strong>do</strong> rciiio, szo agora pelos commciita<strong>do</strong>res<br />

interpretatlos e <strong>de</strong>siri\ol~i<strong>do</strong>s rio senti<strong>do</strong> <strong>da</strong>s theorias <strong>do</strong><br />

siimmo imperio. A jurisprii<strong>de</strong>iicia, que nestc secnlo xvrir 6 fecun<strong>da</strong><br />

e ~oluniosa, como sempre o tc>m si<strong>do</strong> na epocha que segue<br />

uma codificayào, c que se approxiilia dc uma nova, crescc sob<br />

este influxo.<br />

Para nos convencermos d'isto, basta folhear as compilaçfies <strong>de</strong><br />

arestos e <strong>de</strong>cisões <strong>do</strong>s nossos praxistas; como, por exemplo, as dc<br />

to<strong>da</strong>s as outras, e mais <strong>de</strong> uma vez faz rir com sua affecta<strong>da</strong> gravi<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

sublimi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

E noternos qiie,. quan<strong>do</strong> isto se escrevia, j& o livro <strong>de</strong> Rousaeau corria<br />

pelas mãos <strong>de</strong> muitos, que o <strong>de</strong>voravam com avi<strong>de</strong>z; c emiluaiito se explicavam<br />

nas ca<strong>de</strong>iras <strong>da</strong> universi<strong>da</strong><strong>de</strong> as paginas <strong>da</strong>s prelecções <strong>de</strong> Co~llio <strong>de</strong><br />

Sampaio, os estu<strong>da</strong>ntes li~m o Contracto social, que, <strong>de</strong>baixo <strong>da</strong> fbrma <strong>de</strong><br />

peqiieninos livros, se espalhara pela moci<strong>da</strong><strong>de</strong>, que escondi<strong>do</strong> o trazia co!nsigo,<br />

e se apaixonava pelas palavras immorre<strong>do</strong>uras que se lêem, na prirneira<br />

pagina <strong>da</strong> celebre obra - L'homme est ni libre et parfout i1 est duns les fero.<br />

1 Chegou a tal excesso esta mania dc cesarismo, que nas obras d6s nossos<br />

auctores se <strong>de</strong>para com este ridiciilo mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> dizer, falan<strong>do</strong> a respeito <strong>do</strong>s<br />

reis - O8 nosooo Augastos têm usa<strong>do</strong> oempre ... O Augusto tem inconteotavel<br />

direito.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!