28.08.2013 Views

Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...

Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...

Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Aqui havemos <strong>de</strong> transigir com os factos: e a existencia <strong>de</strong><br />

egrejas com <strong>direitos</strong> proprios em varios pontos <strong>de</strong> disciplina, <strong>de</strong>rogan<strong>do</strong><br />

a disciplina geral, s8o factos, que a propria egreja ecumenica,<br />

longe <strong>de</strong> repiilsar, tem acceita<strong>do</strong>, e aconselha<strong>do</strong> ate, na recommen<strong>da</strong>çao<br />

que fiiz <strong>de</strong> guar<strong>da</strong>r os antigos costumes.<br />

O que por conseguinte temos a fazer 6 investigar estes <strong>do</strong>us<br />

pontos: - ha <strong>direitos</strong> proprios, liber<strong>da</strong><strong>de</strong>s ou servi<strong>da</strong>es, como lhe<br />

queiram chamar 4 -<strong>de</strong>s<strong>de</strong> quan<strong>do</strong> existem esses <strong>direitos</strong> ? Aquelle<br />

<strong>de</strong>termina a existencia <strong>da</strong> egreja, este assigriala o primeiro momento<br />

<strong>de</strong> sua vi<strong>da</strong> in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte.<br />

Ain<strong>da</strong> não 6 tu<strong>do</strong>: 6 iridispensavel saber-se se o elemcnto<br />

<strong>da</strong> nacionali<strong>da</strong><strong>de</strong> inlluirá, ou nào, na existencia <strong>da</strong> egreja particular.<br />

Se o livre cultismo, se a iritc~ira in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ncia <strong>da</strong> egrcja e <strong>do</strong><br />

esta<strong>do</strong> tiçcsse si<strong>do</strong> o meio em que o catholicismo viveu, c fosse<br />

aqiielle em que hoje respira, não hesitariarnos um pomciito em<br />

negar similliarite inlluericia.<br />

Estes pequenos centros religiosos, estas m~dificaçri~s locacs <strong>da</strong><br />

egreja, tiaviam naturalmerite <strong>de</strong> coincidir com as circumscriyçries<br />

<strong>da</strong>s riacioriali<strong>da</strong><strong>de</strong>s; mas a origem uriica <strong>do</strong>s <strong>direitos</strong> proprios <strong>da</strong>s<br />

egrejas 'nesse esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> cousas seria a mcama, que iiilluia ria<br />

agrupaçào <strong>do</strong>s homens em socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s politiciis : -O principio <strong>da</strong>s<br />

raças, a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> idioma, as circumstaricias pliysicas <strong>do</strong> territorio,<br />

e os gran<strong>de</strong>s elementos cominunaes e tradicioriacls.<br />

Mas isto rião se tem <strong>da</strong><strong>do</strong>; uni<strong>da</strong> em certo tempo ao esta<strong>do</strong>, a<br />

egrcja qiiiz sobrepujal-o. O esta<strong>do</strong> <strong>de</strong>feridt:u-sc, e, como tilera <strong>de</strong><br />

arraiicar-lhe <strong>da</strong>s mãos o sceptro rouba<strong>do</strong>, com clle lhe arrehatou<br />

tambem algiiris dirertos proprios d'elln; os reis foram os protectores<br />

<strong>da</strong>s egrejas; e ao mesmo tempo os povos, os membros catholicos<br />

d'essas egrejas, qui~crarri que elles tivessem certos <strong>direitos</strong><br />

<strong>de</strong> inspecçao, <strong>de</strong> superiori<strong>da</strong><strong>de</strong> externa, respeito fi rgrcja. As leis<br />

estabeleceram este esta<strong>do</strong> com sua auctori<strong>da</strong><strong>de</strong> so1)erariii; as leis<br />

hao <strong>de</strong> executar-se para a vi<strong>da</strong> civil ser alguma coiisa <strong>de</strong> existente,<br />

e por isso as egrejas tem <strong>de</strong> juntar ao seu direito proprio mais<br />

este capitulo <strong>de</strong> direito priva<strong>do</strong>.<br />

Que este esta<strong>do</strong> não tem nonie possivel, e que <strong>de</strong>ve acabar, siio<br />

tu<strong>do</strong> outras questões.<br />

Em face encontram-se pois duas fontes, d'on<strong>de</strong> dimanam os <strong>direitos</strong><br />

<strong>da</strong>s egrejas : o elemento natural, digamos assim, obe<strong>de</strong>cen<strong>do</strong><br />

ás irifluencias <strong>da</strong>s leis moraes e historicas e ás phjsicas <strong>da</strong> natu-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!