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Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...

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vigor <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu mesmo principio para produzirem qualquer effeito, o11<br />

prestarem algiim impedimento ao que se tem julga<strong>do</strong> e julgar pelos meus<br />

tribunaes e magistra<strong>do</strong>s em observancia <strong>da</strong>s disposirõrs <strong>do</strong>s <strong>Direito</strong>s<br />

Natural e Divino, <strong>do</strong>s Assentos <strong>da</strong>s Cortes estabeleci<strong>do</strong>s pelos Nossos<br />

Senhores Reis, meus Gloriosos Predl cessores, <strong>da</strong>s leis patrias, <strong>do</strong>s an-<br />

tigos e louvavcis costumes d'estes Rcinos, e <strong>da</strong>s Concor<strong>da</strong>tas entre elles<br />

e a Se<strong>de</strong> Apostolica, os quaes <strong>Direito</strong>s, Assentos e Leis, costumes e Con-<br />

cor<strong>da</strong>tas excito e con/irmo (no que necessario for) em f4rma eqeci/ica,<br />

haven<strong>do</strong> aqui lo<strong>do</strong>, e to<strong>da</strong>s por prezentes .... para que se fique guar-<br />

<strong>da</strong>n<strong>do</strong> e obsenan<strong>do</strong> iiiwiolavelmentc o seu conteíi<strong>do</strong> táo cumpri<strong>da</strong>mente<br />

como nelles e nellas se acha or<strong>de</strong>na<strong>do</strong> e <strong>de</strong>clara<strong>do</strong>, sem minguamento,<br />

alteração, ou diminuição algiima, por menores que sejam 1.n<br />

Tal era o vigor, a gran<strong>de</strong>za, que este rnonarcha, embora orna<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> Siimmo Imperio cesariano, sabia commuriicar com suas leis ao<br />

brio e existencia dc Portugal.<br />

Mas, quan<strong>do</strong> aquelle breve tivesse realmente annulla<strong>do</strong> e redu-<br />

zi<strong>do</strong> a p6 as liber<strong>da</strong><strong>de</strong>s a que se refere; quan<strong>do</strong> esta lei não ti-<br />

vesse vin<strong>do</strong> excitar com sua força o passa<strong>do</strong> e <strong>de</strong>sfazer o que es-<br />

tava corisurnma<strong>do</strong>; ain<strong>da</strong> assim a egreja portugueza continuava<br />

liojc a existir <strong>de</strong>pois <strong>da</strong> Carta constituciorial, <strong>de</strong>pois <strong>do</strong> rcgimen<br />

libcral <strong>do</strong> nosso dircito publico. Seja qual for a extensâo, que se<br />

queira <strong>da</strong>r ao po<strong>de</strong>r politico em virtu<strong>de</strong> <strong>do</strong> artigo que dcclara<br />

continuar a ser a religiào <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> a religino catholica ; scjn qual<br />

IBr o mo<strong>do</strong> por que se cornprehen<strong>da</strong> o uso <strong>do</strong> bcneplacito e <strong>do</strong>s<br />

ílircitos <strong>de</strong> pndroa<strong>do</strong>; o qiie é certo é que o direito ecclesiastico<br />

portiiguw, fun<strong>da</strong><strong>do</strong> agora nesses artigos <strong>da</strong> lei fun<strong>da</strong>mcntnl, esth<br />

1)erfcitamente irivulneravel com respeito aos rilios parti<strong>do</strong>s (li] bulla<br />

<strong>da</strong> Cka, ou <strong>de</strong> qualquer bulla pontificia. Foi a nação, a maioria<br />

d'clla, catholica e reverencia<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> centro <strong>da</strong> fé <strong>da</strong> sua rcligino,<br />

que promulgou essa lei, que <strong>de</strong>sejou submetter-se a ella, que<br />

obriga agora riao s6 a maioria, mils a to<strong>do</strong>s os portuguezes, a<br />

to<strong>do</strong>s os clerigos, a to<strong>do</strong> o episcopa<strong>do</strong>, que é portuguez c siibdito<br />

pacifico c tão responsavel como qualquer leigo, e tanto mais res-<br />

ponsavel, quanto aquella 6 a lei fun<strong>da</strong>mental <strong>do</strong> seu paiz.<br />

1 Nos $5 seguintes esta lei man<strong>da</strong> que <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> 3 rnezes se apresentem<br />

nos logares que indicaos exeriiplares <strong>da</strong>s bullas, <strong>de</strong>claran<strong>do</strong> iricursos na. real e<br />

grave indignaç80 <strong>do</strong> monarcha, nas penas <strong>de</strong> copfiscaçâo, privaçào <strong>de</strong> naturali<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

e sen<strong>do</strong> eqiiipara<strong>do</strong>r, aos que offeii<strong>de</strong>m è conspiram contra n regia<br />

magesta<strong>de</strong> e ruina <strong>do</strong>s seus reinos, e ti<strong>do</strong>s coi~io perturba<strong>do</strong>rcs tlo socego publico,<br />

os que <strong>de</strong>sobe<strong>de</strong>ceroni a essa lei. Veja tambem a C. R. <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> maio<br />

<strong>de</strong> 1774.

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