28.08.2013 Views

Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...

Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...

Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

municipio ou outro qualquer etiabelecime~io <strong>de</strong> pie<strong>da</strong><strong>de</strong> 4 in-<br />

strucçào pirlrlica. e que estes eslabelecimenios foram creo<strong>do</strong>s pela<br />

socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, por ella po<strong>de</strong>m portanto ser eainctos, e qw ninguem<br />

<strong>de</strong> scieneia, e em boa fd, o põe em duui<strong>da</strong>.~<br />

Se se tracta <strong>do</strong>s bens ecclesiasticos, po<strong>de</strong> o auctor <strong>do</strong> projecto<br />

ter razão ; mas, quanto á existencia mesma, á extincç'io ou con-<br />

scrvaçao <strong>do</strong> bispa<strong>do</strong>, 6 para 116s muito coritestavel a <strong>do</strong>utrina <strong>do</strong> illus-<br />

tre <strong>de</strong>puta<strong>do</strong>.<br />

I'ois os bispa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Pinhel, <strong>de</strong> Castello-Branco, <strong>de</strong> Portalegre,<br />

<strong>de</strong> Aveiro e <strong>de</strong> Paro foram crea<strong>do</strong>s pela socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>da</strong> mesma forma<br />

que os municipios e as escolas? Pois reconheceu nunca o direito<br />

ecclesiastico portuguez similhante direito aos nossos reis e <strong>de</strong>pois<br />

<strong>do</strong> regimen liberal ao Esta<strong>do</strong> portuguez ?<br />

E, quan<strong>do</strong> assim fosse, estes estabelecimentos não po<strong>de</strong>riam di-<br />

zer-se <strong>da</strong> mesma natureza <strong>do</strong>s outros, porque a Carta Constitucio-<br />

nal tem um artigo, on<strong>de</strong> a naçâo portugueza se obriga a continuar<br />

a ter a religiào catholica como religião <strong>do</strong> reino, a protegel-a, a<br />

respeitar suas leis; e Mra mister ou provar a existencia <strong>do</strong> direito<br />

priva<strong>do</strong> <strong>da</strong> nossa egreja, ou negar o direito geral <strong>da</strong>s <strong>de</strong>cretaes; e<br />

riem uma riem outra cousa faz o auctor <strong>do</strong> projecto, nem cremos<br />

que o po<strong>de</strong>sse fazer.<br />

Como no projecto o principal assumpto eram os bens ecclesias-<br />

ticos, e para ellcs tinham to<strong>do</strong> o vigor as consi<strong>de</strong>raçòes allega<strong>da</strong>s<br />

tio relatorio, parece que o distincto <strong>de</strong>puta<strong>do</strong>, cego um instante<br />

por exagera<strong>do</strong> patriotismo, queria <strong>de</strong> envolta com ellas fazer passar<br />

os artigos, que, sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>pois lei, teriam irremediavelmente acaba<strong>do</strong><br />

as quest6es.<br />

380 po<strong>de</strong>, porem, proce<strong>de</strong>r-se assim, sem quebra <strong>da</strong> digni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

nacional e ernquanto a religião catholica for a religiâo <strong>do</strong> reino.<br />

L)a mesma maneira não encontramos no projecto os tituios em<br />

que se fun<strong>de</strong> o direito <strong>de</strong> <strong>de</strong>spojar o patriarcha<strong>do</strong> <strong>de</strong> Lisboa <strong>da</strong>s<br />

Iionriis que 1). Joào v para elle conseguiu <strong>do</strong> papa.<br />

Tanto como o auctor <strong>do</strong> projecto comprehen<strong>de</strong>mos n6s a <strong>de</strong>s-<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> d'aquella primazia esplen<strong>do</strong>rosa, <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> que se<br />

rios revela não s6 perante o esta<strong>do</strong> difficil <strong>da</strong> fazen<strong>da</strong> publica <strong>do</strong><br />

nossa paiz, mas tambem em presença <strong>da</strong>s conveniencias <strong>da</strong> propria<br />

egreja. I<br />

Mas, como conseguir esta reforma por um <strong>de</strong>creto ou uma lei?<br />

como fazel-o sem a auctori<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Sé apostolica?

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!