Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...
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então para Ih'os escravisar com as ambiçóes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, e para lhe<br />
preparar no futuro as luctas horriveis com o esta<strong>do</strong>, este conjuge<br />
incestuoso com o qual agora se ligava.<br />
É um momento solcmne, gran<strong>de</strong>, cheio <strong>de</strong> turbações, <strong>de</strong> crimes,<br />
<strong>de</strong> horrores rio porvir, e <strong>de</strong> alegrias, <strong>de</strong> victorias, <strong>de</strong> contentamen-<br />
tos no presente.<br />
Como mui bem diz Castelar 1:<br />
aLa conversion <strong>de</strong> Constantino leuanta e1 problema pavoroso que<br />
aun no se ha rcsuclto y que <strong>de</strong>be resolver nuestro siglo, e1 problema <strong>de</strong><br />
Ias relaciones <strong>de</strong>1 po<strong>de</strong>r temporal con e1 espiritual, e1 problema <strong>de</strong> Ias<br />
relaciones <strong>de</strong> la Iglesia con e1 esta<strong>do</strong>.^<br />
Chamem embora os historia<strong>do</strong>res gran<strong>de</strong> ou magno ao Cesar<br />
Romano, cantem nas suas cpopeas c elevem nas suas hyperboles<br />
este seculo <strong>de</strong> Constantirio, que para n6s nem são gran<strong>de</strong>s a epocha<br />
nem o impera<strong>do</strong>r; ou, se o sáo, é porque surgem <strong>de</strong>ante <strong>de</strong> n6s<br />
gran<strong>de</strong>mente fatidicos, gran<strong>de</strong>mente abominaveis.<br />
A historia <strong>da</strong> egreja sem este facto ~odéra e <strong>de</strong>vera ser o livro<br />
mais consola<strong>do</strong>r e m;~is cheio <strong>de</strong> <strong>do</strong>qura c sancti<strong>da</strong><strong>de</strong>; assim, essas<br />
paginas estão <strong>de</strong>negri<strong>da</strong>s por to<strong>da</strong> a especie <strong>de</strong> crimes, e esse livro<br />
não se pó<strong>de</strong> confiar <strong>da</strong>s màos <strong>de</strong> uma <strong>do</strong>nzella, porque em<br />
gran<strong>de</strong> numero <strong>de</strong> seus capitulos, on<strong>de</strong> não 6 o livro <strong>do</strong>s maus<br />
sentimentos, é o livro <strong>da</strong>s dissoluçõcs.<br />
O primeiro effeito bem caracterisa<strong>do</strong> d'cste gran<strong>de</strong> e fatal acontecimento,<br />
o primeiro ponto on<strong>de</strong> rebenta esta podridão que o<br />
imperio, inocula na egreja, virgem e pura atb este tempo, é o seculo<br />
nono; sáo as falsas <strong>de</strong>cretaes.<br />
Até aqui a disciplina conserva-se ri mesma; mas o veneno lavra<br />
activo, e a febre cresce ate esses dias.<br />
Este perio<strong>do</strong> começa pela reducçào a escripto <strong>da</strong> disciplina ecclesiastica.<br />
A egreja firma-se, <strong>de</strong>termina as suas fórmas, organisa-se, reurie<br />
os seus concilios, faz as suas leis.<br />
O clarão <strong>do</strong>s tcmpos apostolicos e <strong>do</strong>s seculos limpi(1os <strong>da</strong>s<br />
perseguições é ain<strong>da</strong> bem intenso para illumiriar os concilios ecumenicos;<br />
a tradicç~o e a voz <strong>do</strong>s padres sustentam a egreja nestes<br />
primeiros momentos.<br />
1 La ciuilieatwn en Zoa cinco primeroa sigloe <strong>de</strong>1 ch~atianimo,<br />
tomo 3.O,<br />
leccioii setima y ultima.