Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...
Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...
Dos direitos da igreja e do Estado - Faculdade de Direito da ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
nhiies nâo pararam <strong>de</strong> chover sohrc as nnçôes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> por eficito<br />
d'ella.<br />
Quatro annos <strong>de</strong>pois realisa-se ;I infeliz expedição arricana, e<br />
Portugal continua prcsa <strong>da</strong> superstic;tio e <strong>do</strong> clero. Este esqueci-<br />
mento, esta fraqueza na dispiita com o papa, s6 aproveitava á<br />
propria se romana, e ain<strong>da</strong> em 1634 pesava na consciencia <strong>da</strong><br />
camara <strong>de</strong> Lisboa o não ter exceptua<strong>do</strong> <strong>do</strong> real d'agua a classe<br />
clerical, chegan<strong>do</strong> a impetrar a absolviç80 <strong>da</strong>s censuras, que cui-<br />
<strong>da</strong>va ter chama<strong>do</strong> sobre si 1.<br />
sorte haviam si<strong>do</strong> comprelicndi<strong>do</strong>s na referi<strong>da</strong> hulla <strong>da</strong> ch. nem fora <strong>da</strong><br />
nossa inteiição, ou <strong>da</strong> <strong>do</strong>s pontiiices romanos nossos prr<strong>de</strong>ccssoit~+, revogar similliantes<br />
leis e privilegios, ou impedir o uso, oii execuç%o d'elles.<br />
Comtuclo, pela atteiiçgo que V. M. uos professri, e pela reverencia com que<br />
olha para os irian<strong>da</strong>tos <strong>da</strong> SB Apostolica, e iiossoa, jiilgou que era licito e <strong>de</strong>criite<br />
coiisultar-nos eobre o uso <strong>da</strong>s dictas leis e privilegios. Por cuja caiisa<br />
riou fez sripplicar, que com oa referi<strong>do</strong>s fiiritl~iiientos dcclaras~einos que as<br />
(li1 t:i\ leis e lrrivilegios nàoeiam comprehcndi<strong>do</strong>s na bulla <strong>da</strong> Cêa <strong>do</strong> Senhor,<br />
c111" s(. co~tur~ia ler; e que se a V. h3. e aos seus rninistros era licito usar d'elles,<br />
<strong>da</strong> mesina sorte, que o praticaram os reis seus ~redcc~saores e os seus ministros,<br />
como V. hl. hii pouco fcz tleieriniiiar e tlcciiirai: E qiie rios digii:isscrnos<br />
atteiidrr patcriialmeiite coui :i Uc~iiigiiicla<strong>de</strong> Al>a,-tolica J 1,az c trrinqiiilli<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>do</strong>s seus reirios :<br />
Comtu<strong>do</strong>, nem qric pelas letras <strong>de</strong>V. hI., nem pela relaçào que em seu nome<br />
nos foi feita, podc~s~twios enten<strong>de</strong>r o que se acha precavi<strong>do</strong> pelas dictas leis<br />
e privilegios (posto qiir ali88 o nosso miimo seja propeii~.issinio s agra<strong>da</strong>r a<br />
V. M.), não podéiiio. ~)rrauatlir-nos a spproval os, p~iiicipalmente quan<strong>do</strong> se<br />
tracta (IR ~al~açio 11~s alinas (!), <strong>do</strong>s quaes privilegios e leis ri%o temos noticia;<br />
porque se a tivessemos, o mesmo que agora nào conce<strong>de</strong>mos a V. M., talvez<br />
llr~ i150 <strong>de</strong>negariainos.<br />
Em consi<strong>de</strong>ração <strong>do</strong> que, exhortamos a V. M. para que brevemente procure<br />
remetter-nos as dictas concordias, confirma~Ges, Iris r privilegios; porque<br />
sen<strong>do</strong> por nós vistos, e com nosso pateriial aífecto poiitlera<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>sejaremos<br />
proce<strong>de</strong>r com aquella razão, com a qual fique atteiidi<strong>da</strong> a segurança <strong>da</strong> sua<br />
propria eonsciericia e <strong>do</strong>s seus vaasallos. e a traiiqiiilli<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s seiia reiuos, e<br />
nos mostraremos tho benevolos com V. Bl., que se n8io arrepen<strong>da</strong> <strong>de</strong> nenhuma<br />
sorte <strong>de</strong> sua pie<strong>da</strong><strong>de</strong> e ohedieiicia a Nós, e a esta Saocta 88 :<br />
Entrctanto, <strong>de</strong>sej.iri<strong>do</strong> nós satisfazer ern algriina parte aos rogos <strong>de</strong>V. M.<br />
quanto com o Senhor po<strong>de</strong>inos, pcriiiittimos c coricc<strong>de</strong>rnos que V. hi. e os seus<br />
juizes e ministros possam usar <strong>da</strong>s referi<strong>da</strong>s leis e privilegios, e ~~rocecler,<br />
julgar e executar na conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> d'ellas e d'elles, assirn como atb ngora o<br />
yraticuram sem coi~trovelaia, nâo sen<strong>do</strong> em nosso <strong>de</strong>sprezo e contra os <strong>de</strong>cretos<br />
<strong>do</strong> sagra<strong>do</strong> concilio, por tempo <strong>de</strong> um anno e o mais tempo que drcorrer<br />
ao nosso beneplacito e <strong>da</strong> SB Apostolica, som que ha-jnm <strong>de</strong> incorrer nas censuras<br />
<strong>da</strong> dicta bulla que se costuma ler no dia <strong>da</strong> cCa <strong>do</strong> Senhor ...o<br />
1 Leia-ae a Deducção Chronologica, P. I.., Divis. 8, 8 305, e P. 2:, <strong>de</strong>rnE.'p.;<br />
&26e e. .e g uintes.<br />
bulla excommuiigageralmente os que <strong>de</strong>sobe<strong>de</strong>cem &s or<strong>de</strong>ns <strong>do</strong><br />
papa.<br />
O cap. v man<strong>da</strong> :<br />
10