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Fundamentos, princípios e objetivos de uma política de ... - Uece

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102<br />

problema posta pelo cotidiano empírico dos alunos e do trabalho, ―n<strong>uma</strong><br />

aventura inovadora‖. Per<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vista o saber do professor representa negar um<br />

processo duramente conquistado <strong>de</strong> apropriação <strong>de</strong> conhecimentos<br />

perpassados pela prática coletiva.<br />

Essa proposta está muito além da pedagogia das competências e<br />

também não constitui novida<strong>de</strong>. Todavia, por interesses políticos e i<strong>de</strong>ológicos<br />

(apesar das lutas em busca <strong>de</strong> <strong>uma</strong> educação integral que venha a incorporar<br />

o conceito <strong>de</strong> trabalho como princípio educativo), está longe <strong>de</strong> ser<br />

concretizada, pois na hora ―H‖ surgem retalhos que, inclusive, fazem com que a<br />

escola seja taxada <strong>de</strong> inoperante, distante da realida<strong>de</strong>, autoritária, imperadora,<br />

e <strong>de</strong> tantos outros adjetivos que não contribuem para a construção <strong>de</strong> <strong>uma</strong><br />

escola, em que pesem todas as suas contradições, como um espaço <strong>de</strong><br />

produção <strong>de</strong> conhecimentos e saberes, enfim, que forneça os instrumentos<br />

teóricos e práticos que necessitam ser apropriados por todos.<br />

Concordamos com Duarte (2008) quando afirma:<br />

Não discordo da afirmação <strong>de</strong> que a educação escolar <strong>de</strong>va<br />

<strong>de</strong>senvolver no indivíduo a autonomia intelectual, a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

pensamento e <strong>de</strong> expressão, a capacida<strong>de</strong> e a iniciativa <strong>de</strong> buscar<br />

por si mesmo novos conhecimentos. Mas o que estou aqui<br />

procurando analisar é outra coisa: trata-se do fato <strong>de</strong> que as<br />

pedagogias do ―apren<strong>de</strong>r a apren<strong>de</strong>r‖ estabelecem <strong>uma</strong> hierarquia<br />

valorativa, na qual apren<strong>de</strong>r sozinho situa-se em um nível mais<br />

elevado do que o da aprendizagem resultante da transmissão <strong>de</strong><br />

conhecimentos por alguém. [...] entendo ser possível postular <strong>uma</strong><br />

educação que fomente a autonomia intelectual e moral por meio da<br />

transmissão das formas mais elevadas e <strong>de</strong>senvolvidas do<br />

conhecimento socialmente existente (DUARTE, 2008, p. 8).<br />

Na pedagogia das competências, há <strong>uma</strong> preocupação muito mais<br />

com a metodologia em sala, da relação professor e aluno, das avaliações, das<br />

relações interpessoais, da comunicação, da iniciativa, da mobilização <strong>de</strong><br />

conhecimentos do cotidiano, fatos esses que são constantemente<br />

questionados por educadores que, há muito tempo, vêm criticando os métodos<br />

da pedagogia tradicional, porém, sem querer <strong>de</strong>sprestigiar os conteúdos, ao<br />

contrário, lutam por um ensino <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, juntamente com metodologias que<br />

facilitem a aprendizagem. Então, a pedagogia das competências, não<br />

conseguirá formar alunos mais capazes intelectualmente, logo ―funcionais‖ para

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