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Fundamentos, princípios e objetivos de uma política de ... - Uece

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69<br />

<strong>de</strong> Mont Pèlerin, traçavam proposições para combater a política econômica<br />

keynesiana. Esse grupo retoma alguns pressupostos do liberalismo econômico<br />

reinante nos séculos XVIII e XIX em que se refere à <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> que ―a ação da<br />

economia era refletida pelas forças livres do mercado e da concorrência<br />

(CHIAVENATO, 2007, p.5).<br />

1.2 Do individualismo capitalista ao individualismo “póscapitalista”:<br />

faces da mesma moeda<br />

No percurso do capitalismo, o homem liberal foi valorizado em<br />

<strong>de</strong>trimento do homem gregário. Hayek (1990) recebeu o prêmio Nobel <strong>de</strong><br />

Ciências Econômicas no ano <strong>de</strong> 1974. Expoente mais conservador do<br />

neoliberalismo, no seu livro ―O Caminho da Servidão‖ acentua que o<br />

individualismo está sendo muito criticado por reforçar a idéia do egoísmo, mas,<br />

para ele, esse valor nos foi fornecido pela Antiguida<strong>de</strong> Clássica e pelo<br />

Cristianismo, passando pelo Renascimento, permanecendo na atualida<strong>de</strong>,<br />

fazendo parte <strong>de</strong> nossas tradições, tradições essas que foram se constituindo<br />

através das gerações por consenso, num processo evolutivo:<br />

O individualismo tem hoje <strong>uma</strong> conotação negativa e passou a ser<br />

associado ao egoísmo. Mas o individualismo a que nos referimos, em<br />

oposição a socialismo e a todas as outras formas <strong>de</strong> coletivismo, não<br />

está necessariamente relacionado a tal acepção. (...) tem como<br />

características essenciais o respeito pelo indivíduo como ser h<strong>uma</strong>no,<br />

isto é, o reconhecimento da supremacia <strong>de</strong> suas preferências e<br />

opiniões na esfera individual, por mais limitada que esta possa ser, e<br />

a convicção <strong>de</strong> que é <strong>de</strong>sejável que os indivíduos <strong>de</strong>senvolvam dotes<br />

e inclinações pessoais (HAYEK, 1990, p. 40 - 1).<br />

Para o autor, nas práticas coletivistas, ocorre a submissão do<br />

indivíduo inovador que impe<strong>de</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> seus dotes e inclinações<br />

pessoais, razão em si, que explicam as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s entre indivíduos. Essas<br />

idéias estão no bojo do empreen<strong>de</strong>dorismo quando anunciam características e<br />

comportamentos individuais ―incomuns,‖ que po<strong>de</strong>m ser estimulados nos ―seres<br />

comuns,‖ pela educação.

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