Fundamentos, princÃpios e objetivos de uma polÃtica de ... - Uece
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<strong>de</strong> Mont Pèlerin, traçavam proposições para combater a política econômica<br />
keynesiana. Esse grupo retoma alguns pressupostos do liberalismo econômico<br />
reinante nos séculos XVIII e XIX em que se refere à <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> que ―a ação da<br />
economia era refletida pelas forças livres do mercado e da concorrência<br />
(CHIAVENATO, 2007, p.5).<br />
1.2 Do individualismo capitalista ao individualismo “póscapitalista”:<br />
faces da mesma moeda<br />
No percurso do capitalismo, o homem liberal foi valorizado em<br />
<strong>de</strong>trimento do homem gregário. Hayek (1990) recebeu o prêmio Nobel <strong>de</strong><br />
Ciências Econômicas no ano <strong>de</strong> 1974. Expoente mais conservador do<br />
neoliberalismo, no seu livro ―O Caminho da Servidão‖ acentua que o<br />
individualismo está sendo muito criticado por reforçar a idéia do egoísmo, mas,<br />
para ele, esse valor nos foi fornecido pela Antiguida<strong>de</strong> Clássica e pelo<br />
Cristianismo, passando pelo Renascimento, permanecendo na atualida<strong>de</strong>,<br />
fazendo parte <strong>de</strong> nossas tradições, tradições essas que foram se constituindo<br />
através das gerações por consenso, num processo evolutivo:<br />
O individualismo tem hoje <strong>uma</strong> conotação negativa e passou a ser<br />
associado ao egoísmo. Mas o individualismo a que nos referimos, em<br />
oposição a socialismo e a todas as outras formas <strong>de</strong> coletivismo, não<br />
está necessariamente relacionado a tal acepção. (...) tem como<br />
características essenciais o respeito pelo indivíduo como ser h<strong>uma</strong>no,<br />
isto é, o reconhecimento da supremacia <strong>de</strong> suas preferências e<br />
opiniões na esfera individual, por mais limitada que esta possa ser, e<br />
a convicção <strong>de</strong> que é <strong>de</strong>sejável que os indivíduos <strong>de</strong>senvolvam dotes<br />
e inclinações pessoais (HAYEK, 1990, p. 40 - 1).<br />
Para o autor, nas práticas coletivistas, ocorre a submissão do<br />
indivíduo inovador que impe<strong>de</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> seus dotes e inclinações<br />
pessoais, razão em si, que explicam as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s entre indivíduos. Essas<br />
idéias estão no bojo do empreen<strong>de</strong>dorismo quando anunciam características e<br />
comportamentos individuais ―incomuns,‖ que po<strong>de</strong>m ser estimulados nos ―seres<br />
comuns,‖ pela educação.