Fundamentos, princÃpios e objetivos de uma polÃtica de ... - Uece
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perspectiva, o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> potencialida<strong>de</strong>s individuais criadoras<br />
capazes <strong>de</strong> buscar soluções para seus problemas econômicos e sociais, assim<br />
como da coletivida<strong>de</strong>. É a criação <strong>de</strong> um ―novo contrato‖ entre todos os<br />
indivíduos integrantes <strong>de</strong> <strong>uma</strong> dada socieda<strong>de</strong>.<br />
As políticas <strong>de</strong> longo prazo <strong>de</strong>stinadas a igualar oportunida<strong>de</strong>s<br />
requerem um contrato social que lhes dê força e continuida<strong>de</strong>, e um<br />
contrato <strong>de</strong> tal natureza supõe o apoio <strong>de</strong> <strong>uma</strong> vasta gama <strong>de</strong> atores<br />
dispostos a negociar e alcançar amplos acordos. Com essa<br />
finalida<strong>de</strong>, os atores <strong>de</strong>vem sentir-se parte do todo e dispostos a<br />
ce<strong>de</strong>r em seus interesses pessoais em benefício do conjunto. A maior<br />
disposição dos cidadãos <strong>de</strong> apoiar a <strong>de</strong>mocracia, participar em<br />
assuntos políticos e espaços <strong>de</strong> <strong>de</strong>liberação e confiar nas instituições,<br />
bem como o maior sentido <strong>de</strong> pertencimento à comunida<strong>de</strong> e<br />
solidarieda<strong>de</strong> com os grupos excluídos e vulneráveis facilitam a<br />
celebração dos pactos ou contratos sociais necessários para<br />
respaldar políticas orientadas para a consecução da equida<strong>de</strong> e da<br />
inclusão (CEPAL, 2007, p. 260)<br />
Nesse sentido, o empreen<strong>de</strong>dorismo social difun<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias como<br />
pertencimento, voluntariado, integração entre todos, empo<strong>de</strong>ramento das<br />
comunida<strong>de</strong>s. Como exemplo <strong>de</strong> <strong>uma</strong> instituição pioneira em<br />
empreen<strong>de</strong>dorismo social, citamos a Ashoka, organização existente em vários<br />
países fundada por Bill Drayton 41 , que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> o po<strong>de</strong>r do indivíduo na<br />
resolução dos problemas, acreditando que mudanças sociais são realizadas<br />
por pessoas <strong>de</strong>terminadas com capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança, criativida<strong>de</strong> e<br />
capazes <strong>de</strong> resolverem os problemas sociais tanto no âmbito local quanto<br />
global (OLIVEIRA, 2008).<br />
Essas entida<strong>de</strong>s planetárias, como <strong>de</strong>nomina Morin (2007), iriam<br />
assumir os problemas fundamentais <strong>de</strong> dimensão global em <strong>de</strong>fesa da paz, do<br />
meio ambiente. Exemplo disso temos o Greenpeace, que segundo anuncia o<br />
autor, se propõe a criticar as práticas antiecológicas e contra os direitos<br />
h<strong>uma</strong>nos. Não se percebem críticas ao sistema capitalista e sim à h<strong>uma</strong>nida<strong>de</strong>.<br />
Morin afirma que ―para além dos erros, fracassos e frustrações‖, o planeta<br />
possui, graças à tecnologia <strong>de</strong> comunicação, condições <strong>de</strong> criar essa<br />
41 Em 1981, Drayton funda na Índia a Ashoca, com objetivo <strong>de</strong> apoiar indivíduos com i<strong>de</strong>ias inovadoras<br />
que pu<strong>de</strong>ssem provocar mudanças sociais. Sua se<strong>de</strong> encontra-se na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Arlington, Washington –<br />
DC, Estados Unidos, estando suas filiais em 40 países, tendo o reconhecimento dos organismos<br />
internacionais.