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Fundamentos, princípios e objetivos de uma política de ... - Uece

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<strong>de</strong>senvolvimento sustentável. É preciso aperfeiçoar o programa<br />

normal <strong>de</strong> modo a oferecer aos alunos brilhantes a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

darem o melhor <strong>de</strong> si mesmos (IN`AM AL-MUFTI, 2006,p. 214, grifo<br />

nosso).<br />

No processo ora em trânsito na nova or<strong>de</strong>m capitalista, a educação<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento econômico e social está na moda, porém, para a<br />

maioria, é <strong>uma</strong> educação escolar menos avançada, apesar <strong>de</strong> o discurso <strong>de</strong><br />

educação figurar como atriz principal. Contudo, tendo em vista os capitalistas<br />

não conseguirem ―dividir o bolo‖; ao contrário, concentram para si e para seus<br />

convidados ―as melhores fatias‖, restam para a maioria as sobras, que são<br />

ocupações que não exigem conhecimentos complexos tão caros à socieda<strong>de</strong><br />

do conhecimento.<br />

Então, a labuta continua entre os <strong>de</strong>fensores <strong>de</strong> <strong>uma</strong> educação<br />

escolar integral, tendo o trabalho como princípio educativo, buscando romper a<br />

dicotomia entre educação para o trabalho (classe trabalhadora) e educação<br />

para a formação intelectual (classe dominante). Mas, os capitalistas e políticos<br />

conservadores que atrelam-se aos interesses dos <strong>de</strong>tentores do capital<br />

acabam, no embate político, a ter seus interesses prevalecidos, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo<br />

<strong>uma</strong> educação dissociada entre o trabalho manual e o trabalho intelectual. O<br />

primeiro continua direcionado para os setores mais abaixo da pirâmi<strong>de</strong> social.<br />

Há incoerência entre o que os teóricos do conhecimento e do<br />

empreen<strong>de</strong>dorismo apregoam em relação aos postulados do Relatório<br />

supracitado, o que, diante <strong>de</strong> inovações tecnológicas, estaria exigindo um<br />

trabalhador mais intelectualizado e com competências comportamentais. Mas<br />

contraditoriamente, o mesmo documento passa a valorizar e privilegiar a<br />

formação profissional com base na esfera comportamental, recuperando a<br />

dimensão subjetiva do trabalho. Trabalhador mais motivado, supostamente<br />

mais respeitado em sua subjetivida<strong>de</strong>, nas suas diferenças, porém não menos<br />

explorado, não menos inseguro no emprego, não menos cobrado e não menos<br />

estressado, mas apren<strong>de</strong>u que, além do seu saber técnico, da sua força física,<br />

está esperando também atitu<strong>de</strong>s afáveis n<strong>uma</strong> atmosfera <strong>de</strong> inflexibilida<strong>de</strong><br />

diante das falhas e da improdutivida<strong>de</strong>.

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