Fundamentos, princÃpios e objetivos de uma polÃtica de ... - Uece
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preocupada com essas características atitudinais e comportamentais que a<br />
empresa precisa.<br />
Perrenoud (1999), num primeiro momento, nos tranquiliza quanto a<br />
essa questão, quando ventila que os conteúdos não serão minorizados, o que<br />
acrescenta é um olhar para a experiência dos alunos, seu saber, suas<br />
inquietações, fruto <strong>de</strong> um sujeito que está no mundo, atravessado por <strong>de</strong>safios<br />
que estão necessitando <strong>de</strong> novas repostas. Dito isso, vamos a<strong>de</strong>ntrar um<br />
pouco no seu pensamento e i<strong>de</strong>ntificar esses pressupostos que buscam <strong>uma</strong><br />
educação que realmente possa caminhar para o <strong>de</strong>senvolvimento da<br />
h<strong>uma</strong>nida<strong>de</strong>.<br />
Primeiramente, o autor acima citado diagnostica que o sistema<br />
escolar não evolui, apesar <strong>de</strong> a procura estar aumentando, questiona até que<br />
ponto a maior escolarida<strong>de</strong> dos jovens o estão tornando ―mais tolerantes, mais<br />
responsáveis e mais capazes do que seus pre<strong>de</strong>cessores para agir e viver em<br />
socieda<strong>de</strong>‖ (PERRENOUD, 1999, p. 14). Para o autor, todos os segmentos da<br />
socieda<strong>de</strong> querem <strong>uma</strong> escola mais eficaz que prepare para a vida e sem ter<br />
muito custo financeiro. Assim,<br />
O <strong>de</strong>senvolvimento mais metódico <strong>de</strong> competências <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a escola<br />
po<strong>de</strong> parecer <strong>uma</strong> via para sair da crise do sistema educacional. [...]<br />
A abordagem dita ― por competências‖ não faz senão acentuar essa<br />
orientação.[...] a evolução do mundo, das fronteiras, das tecnologias,<br />
dos estilos <strong>de</strong> vida requer <strong>uma</strong> flexibilida<strong>de</strong> e criativida<strong>de</strong> crescentes<br />
dos seres h<strong>uma</strong>nos, no trabalho e na cida<strong>de</strong>. [...] a abordagem por<br />
competências não rejeita nem os conteúdos,nem as disciplinas, mas<br />
sim acentua sua implemenação (I<strong>de</strong>m, p. 15).<br />
A escola, como <strong>uma</strong> instituição social, segue os anseios da<br />
socieda<strong>de</strong> como um todo, num palco em que são encenados discursos e<br />
interesses contraditórios que <strong>de</strong>veriam pressupor diálogo com as partes<br />
interessadas e não apenas com um grupo dominante que impõe o que a<br />
socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>seja como formação.<br />
Pelo exposto, na França, houve um anseio geral por mudanças,<br />
<strong>de</strong>sclassificando a escola <strong>de</strong> então, em busca <strong>de</strong> <strong>uma</strong> outra mais condizente<br />
com a realida<strong>de</strong>. Uma escola que permita a apreensão da realida<strong>de</strong> como<br />
diriam os integrantes do Grupo Francês <strong>de</strong> Educação Nova, a que Perronoud