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Fundamentos, princípios e objetivos de uma política de ... - Uece

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83<br />

2 QUALIFICAÇÃO PARA O EMPREENDEDORISMO:<br />

FORMANDO PARA OS NOVOS TEMPOS<br />

Este capítulo preten<strong>de</strong>, mesmo que sucintamente, recuperar o<br />

<strong>de</strong>bate que vem se processando sobre a importância da educação e,<br />

particularmente, da educação profissional centrada no empreen<strong>de</strong>dorismo<br />

enquanto exigência do mercado em transformação. Para isso, imbricam-se<br />

diferentes concepções e propostas, que remetem às visões <strong>de</strong> mundo, <strong>de</strong><br />

trabalho e <strong>de</strong> educação construídas historicamente e que, na<br />

contemporaneida<strong>de</strong>, ganham novos matizes em função das mudanças no<br />

mundo do trabalho.<br />

A<strong>de</strong>ntraremos nos postulados da pedagogia das competências que<br />

hoje está nos discursos <strong>de</strong> amplos setores da socieda<strong>de</strong>: patrões, políticos,<br />

profissionais da educação e dos trabalhadores, e, como não po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong><br />

ser, nas políticas públicas <strong>de</strong> qualificação profissional, materializadas nos<br />

documentos oficiais e nos seus projetos.<br />

2.1 Educação para a competência na “nova” paisagem capitalista<br />

Nos seus estudos sobre qualificação profissional versus<br />

competência, Hirata (1988) analisa que há <strong>uma</strong> re<strong>de</strong>finição do conceito <strong>de</strong><br />

qualificação para competência no mo<strong>de</strong>lo conhecido como acumulação flexível.<br />

As competências necessárias, segundo a autora, seriam a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

pensar, <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir, <strong>de</strong> ter iniciativa e responsabilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> fabricar e consertar,<br />

<strong>de</strong> administrar a produção e a qualida<strong>de</strong>, indicando que cabe ao trabalhador<br />

<strong>de</strong>senvolver tanto as competências sociais, as técnicas quanto as cognitivas<br />

num clima <strong>de</strong> colaboração e <strong>de</strong> engajamento. Na perspectiva <strong>de</strong> Antunes<br />

(2002), esse fenômeno além <strong>de</strong> manter a intensificação do trabalho, acaba por

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