Fundamentos, princÃpios e objetivos de uma polÃtica de ... - Uece
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empresa para os investidores e fornecedores. Desta forma, fica claro que o<br />
―ser‖ do indivíduo não é condição para o sucesso <strong>de</strong> um empreendimento num<br />
mercado altamente competitivo, caso contrário não existiria um alto índice <strong>de</strong><br />
mortalida<strong>de</strong> das empresas. Val<strong>de</strong>mar Pires (2005) vem contribuir nesse<br />
<strong>de</strong>bate, afirmando que<br />
Estar por conta própria significa, para o indivíduo, ser capaz <strong>de</strong> prover<br />
sua subsistência e dos seus eventuais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, hoje e no futuro,<br />
sem recorrer à ajuda <strong>de</strong> outrem. Para fazê-lo, é necessário consumir<br />
e investir. Em ambos os casos, é necessário auferir renda, o que só é<br />
possível, sem transgredir e sem submeter-se à carida<strong>de</strong>, trabalhando<br />
ou empreeen<strong>de</strong>ndo. Tanto em um como no outro, há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
um estoque inicial: capital (no caso do capitalista, proprietário do<br />
capital físico – máquinas, equipamentos, instalações, matérias-primas<br />
– e financeiro) ou capital h<strong>uma</strong>no (no caso do trabalhador, agora<br />
―investidor <strong>de</strong> capital h<strong>uma</strong>no‖, como sugere Davenport, 1999)<br />
(VALDEMAR PIRES, 2005, p. 92).<br />
Diante <strong>de</strong> múltiplas <strong>de</strong>finições dúbias percebemos que <strong>uma</strong> hora ser<br />
empreen<strong>de</strong>dor é quem cria qualquer empresa e em outra é <strong>uma</strong> pessoa que<br />
cria <strong>uma</strong> empresa com responsabilida<strong>de</strong> social visando ao <strong>de</strong>senvolvimento<br />
sustentável e h<strong>uma</strong>no, é o empregado <strong>de</strong> <strong>uma</strong> empresa que inova. O que há<br />
em comum consiste justamente nas características individuais, tão apreciadas<br />
pelos advogados da empregabilida<strong>de</strong> e da competência. Então, o conceito <strong>de</strong><br />
empreen<strong>de</strong>dor permanece o <strong>de</strong> sempre:<br />
Indivíduo que cria <strong>uma</strong> empresa qualquer que seja ela; pessoa que<br />
compra <strong>uma</strong> empresa e introduz inovações, assumindo riscos, seja<br />
na forma <strong>de</strong> administrar, sejam na forma <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r, fabricar,<br />
distribuir, ou fazer propaganda dos seus produtos e/ou serviços,<br />
agregando novos valores; empregado que introduz inovações em<br />
<strong>uma</strong> organização, provocando o surgimento <strong>de</strong> valores adicionais<br />
(DOLABELA, 2006, p. 27, Grifos nosso).<br />
Aqui, o autor <strong>de</strong>ve estar se referindo ao empreen<strong>de</strong>dor corporativo<br />
(empregado/funcionário inovador e o empreen<strong>de</strong>dor social). O mundo passa a<br />
ser dividido não pelas classes sociais antagônicas – coisa do passado. Na era<br />
do empreen<strong>de</strong>dorismo e do pós-capitalismo, as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sociais são<br />
evi<strong>de</strong>nciadas pelas diferenças entre quem possui o perfil empreen<strong>de</strong>dor e os<br />
que são <strong>de</strong>sprovidos <strong>de</strong>ssas características. O ―bom" <strong>de</strong>sses novos tempos é<br />
que essas características não são necessariamente inatas, mas po<strong>de</strong>m ser