Fundamentos, princÃpios e objetivos de uma polÃtica de ... - Uece
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sonhos, <strong>de</strong>sejos <strong>de</strong> meninos e meninas que integram <strong>uma</strong> classe que po<strong>de</strong><br />
apenas sonhar. A falsificação <strong>de</strong>liberada ou não do real exerce <strong>uma</strong> função<br />
i<strong>de</strong>ológica. As condições concretas <strong>de</strong> existência <strong>de</strong>ssa significativa parcela da<br />
socieda<strong>de</strong> dificultam enormemente a mudança <strong>de</strong> suas condições materiais e<br />
simbólicas. O discurso que lhe é transmitido acaba colocando-a no mesmo<br />
patamar dos jovens aspirantes a empresários, cuja formação<br />
escolar/universitária, além <strong>de</strong> capital financeiro, os permitem sonhar e<br />
transformar sonhos em realida<strong>de</strong>s e, mesmo assim, para a<strong>de</strong>ntrar nesse<br />
universo competitivo, não há garantias <strong>de</strong> sucesso.<br />
O ensino do empreen<strong>de</strong>dorismo esteve voltado para <strong>uma</strong><br />
<strong>de</strong>terminada parcela da socieda<strong>de</strong> representada pelas gran<strong>de</strong>s nomes do<br />
mundo dos negócios. Seus atributos <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong>, seu conhecimento dos<br />
negócios os diferenciam daqueles empresários que não conseguem manter-se<br />
neste mundo competitivo por não adotarem novas práticas pautadas na<br />
inovação, não agregando valor a seu empreendimento, e, como consequência,<br />
tendo que ―fechar suas portas‖. E, no contato com esses ―seres especiais‖, os<br />
estudiosos do Empreen<strong>de</strong>dorismo chegaram à conclusão <strong>de</strong> que esses<br />
conhecimentos e atitu<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>m ser ensinados, objetivando diminuir a alta<br />
ruína das empresas, assim como incentivar os aspirantes a empreen<strong>de</strong>dores a<br />
se apropriarem dos instrumentais que sustentam o sucesso <strong>de</strong> um negócio.<br />
Diante da ―crise da socieda<strong>de</strong> dos empregos‖, 4 agora, mais do que<br />
nunca, o discurso do empreen<strong>de</strong>dorismo é realçado como solução para o<br />
<strong>de</strong>semprego, e passa-se a enaltecer as pequenas empresas. Mas, para dar<br />
prosseguimento a essa ação no plano global, é necessário a formação, nas<br />
escolas e universida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> <strong>uma</strong> cultura empreen<strong>de</strong>dora, suprindo os<br />
estudantes <strong>de</strong> conhecimentos essenciais para fortalecê-los nessa caminhada<br />
cheia <strong>de</strong> adversida<strong>de</strong>s.<br />
Incentivar o empreen<strong>de</strong>dorismo constitui <strong>uma</strong> das priorida<strong>de</strong>s das<br />
diferentes instâncias governamentais, capitaneadas pelos i<strong>de</strong>ários dos<br />
organismos internacionais e justificadas em função da re<strong>de</strong>finição da socieda<strong>de</strong><br />
salarial consolidada a partir do século XX. E um discurso que era dirigido para<br />
4 Compreen<strong>de</strong>mos que a ―crise‖ do capitalismo não é conjuntural, mas estrutural, portanto o <strong>de</strong>semprego<br />
é o termômetro <strong>de</strong>ssa crise.