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Fundamentos, princípios e objetivos de uma política de ... - Uece

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não para si, como força <strong>de</strong> trabalho, mas ―incompreensivelmente‖ para seus<br />

conhecimentos, ou seja, é o conhecimento que está sendo empregado 9 .Por<br />

isso, a importância <strong>de</strong> permanecer sempre se capacitando e <strong>de</strong>senvolvendo a<br />

competência profissional.<br />

A empregabilida<strong>de</strong> exige que o indivíduo tenha condições <strong>de</strong> arcar<br />

com seus estudos, por isso a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reserva financeira que somente<br />

poucos privilegiados possuem. Difun<strong>de</strong>-se que o indivíduo empreen<strong>de</strong>dor é o<br />

agente <strong>de</strong> mudanças. Ele po<strong>de</strong> ser capaz <strong>de</strong> transformar as condições<br />

adversas que se apresentam na contemporaneida<strong>de</strong> com as mudanças no<br />

mundo do trabalho. Essas ressignificações conceituais em relação ao trabalho<br />

e à educação profissional convergem para a re<strong>de</strong>finição das relações entre<br />

Estado e socieda<strong>de</strong>, nas quais a socieda<strong>de</strong> civil 10 e seus ―atores sociais‖ são<br />

chamados para a construção conjunta <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> projeto pautado na gestão<br />

participativa e busca da coesão social, em que o indivíduo, como ator social,<br />

<strong>de</strong>ve ser responsável pela sua empregabilida<strong>de</strong> e formação.<br />

Não é difícil perceber que há <strong>uma</strong> refuncionalização do papel do<br />

Estado como provedor das políticas sociais, agora transferidas para a chamada<br />

esfera pública não-estatal, <strong>de</strong> forma a imprimir um ―caráter social e<br />

participativo‖ ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento ora proposto. Daí o PNQ acentuar<br />

o caráter social, participativo e cidadão <strong>de</strong>sta política em prol da <strong>de</strong>mocracia<br />

em busca do <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

No nosso entendimento, os projetos <strong>de</strong> qualificação profissional<br />

<strong>de</strong>vem, indubitavelmente, estar articulados às políticas e estratégias para a<br />

garantia <strong>de</strong> sua implementação, visando ao alcance dos <strong>objetivos</strong><br />

proclamados, qual seja, a inclusão socioeconômica <strong>de</strong> parcela significativa da<br />

juventu<strong>de</strong> ao direito ao trabalho.<br />

9 O conhecimento a que nos referimos não são os saberes produzidos pela história dos homens e<br />

socializados pela educação escolar, mas aquele conjunto <strong>de</strong> conhecimentos imediatamente empregáveis<br />

no processo produtivo.<br />

10 Socieda<strong>de</strong> civil aqui é entendida ―como conjunto dos organismos não estatais criados pelos indivíduos<br />

para lutar por seus interesses e direitos‖, diferindo frontalmente do conceito <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong> civil em Marx<br />

qual seja ―conjunto das relações que os homens estabelecem entre si, na produção material, n<strong>uma</strong><br />

<strong>de</strong>terminada fase da história. E ela constitui a dimensão social fundante‖ (TONET, 2004, p. 131 e 133).<br />

Para efeito <strong>de</strong>ste trabalho, adotaremos o conceito que está sendo utilizado pelos teóricos do capital, pelos<br />

organismos internacionais e pelo governo.

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