Fundamentos, princÃpios e objetivos de uma polÃtica de ... - Uece
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governamental, disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso aos insumos e o ciclo <strong>de</strong> vida do<br />
setor escolhido (estagnado, em expansão ou retração). Vamos a outros fatores<br />
fornecidos por Dolabela:<br />
Segundo pesquisa realizada pelo Sebrae, 805 das empresas<br />
nascentes <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> existir em um ano. O fator <strong>de</strong> insucesso é a<br />
falta <strong>de</strong> planejamento e o <strong>de</strong>spreparo na implantação do negócio.<br />
Para as empresas que se <strong>de</strong>senvolvem <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> <strong>uma</strong> incubadora e<br />
foram graduadas, essa porcentagem <strong>de</strong> fracasso é <strong>de</strong> 20%. [...] Uma<br />
incubadora <strong>de</strong> empresas po<strong>de</strong> ser chamada <strong>de</strong> ―fábrica <strong>de</strong><br />
empresas‖. Tem sido o instrumento mais eficiente <strong>de</strong> suporte à<br />
pessoas que querem transformar seus projetos em produtos e<br />
serviços e um negócios, nos seus dois primeiros anos <strong>de</strong> vida. [...]<br />
cada incubadora tem seu regulamento. Mas em termos genéricos,<br />
elas atuam a partir <strong>de</strong> alguns princípios comuns. [...] precisam <strong>de</strong> um<br />
projeto com potencial <strong>de</strong> mercado e <strong>de</strong> sucesso (DOLABELA, 2006,<br />
p. 201- 202).<br />
Os jovens do JUVEMP provenientes <strong>de</strong> famílias com renda per<br />
capita menor ou igual a meio salário-mínimo estão na corrida em busca dos<br />
caminhos das pedras em ―pé <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>‖ com os jovens universitários<br />
aspirantes a empreen<strong>de</strong>dor, que estão mais preparados, com os requisitos<br />
intelectuais, técnicos, gerenciais, além <strong>de</strong> conhecimentos atualizados. Esses<br />
jovens universitários, ainda contanto com o fator sorte, po<strong>de</strong>m angariar<br />
recursos financeiros junto aos bancos e familiares e criar um negócio, estando<br />
também sem garantia <strong>de</strong> sucesso.<br />
Então fica evi<strong>de</strong>nte que o ensino do empreen<strong>de</strong>dorismo está<br />
direcionado a <strong>uma</strong> parcela da população que po<strong>de</strong> investir e ampliar seus<br />
negócios, pois, como i<strong>de</strong>ntificou Santiago (2008), na sua pesquisa junto à<br />
população <strong>de</strong> baixa renda da Granja Portugal, a maioria encontra-se totalmente<br />
à margem dos conhecimentos necessários para abrir negócios e,<br />
principalmente, acesso ao sistema financeiro e suas exigências, restando à<br />
quebra <strong>de</strong>stes empreendimentos.<br />
Quando se vê o cenário geral dos pequenos negócios informais do<br />
bairro Granja Portugal, fica evi<strong>de</strong>nte que o gran<strong>de</strong> vetor que os<br />
caracteriza, em geral, é não alcançarem o nível da acumulação <strong>de</strong><br />
capital simples, permanecendo na condição <strong>de</strong> sobrevivência, com<br />
marcas da improvisação e, <strong>de</strong> certa forma, com a cara e o tamanho<br />
da situação socioeconômica <strong>de</strong>sse território. É expressiva a<br />
existência dos microcomércios, aqui entendidos como ativida<strong>de</strong>s<br />
comerciais muito precárias, que não ultrapassam rendimentos médios<br />
em torno do salário mínimo, a começar pelas mo<strong>de</strong>stíssimas<br />
instalações físicas, mal sinalizadas, com o mínimo sortimento <strong>de</strong>