Fundamentos, princÃpios e objetivos de uma polÃtica de ... - Uece
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do que ela chama <strong>de</strong> aprendizagem vivencial, que é <strong>uma</strong> adaptação do CAV,<br />
que tem sua ênfase nas emoções e sentimentos, que segundo a autora, <strong>de</strong><br />
acessórios na pedagogia dita tradicional passam a ser enaltecidos nessa nova<br />
pedagogia. A autora apresenta a metodologia da seguinte forma:<br />
A aprendizagem vivencial compreen<strong>de</strong> um ciclo <strong>de</strong> quatro fases<br />
seqüenciais e inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes: ativida<strong>de</strong>, análise, conceituação,<br />
conexão. A primeira etapa consiste na vivencia <strong>de</strong> <strong>uma</strong> situação<br />
através <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s em que o participante se empenha, tais como<br />
resolução <strong>de</strong> um problema, simulação comportamental,<br />
dramatização, jogo, processo <strong>de</strong>cisório, comunicação, exercícios<br />
verbais e não-verbais. A etapa <strong>de</strong> análise segue a vivencia.<br />
Consiste no exame e na discussão ampla das ativida<strong>de</strong>s realizadas,<br />
na critica dos resultados e do processo <strong>de</strong> alcançá-los – o como<br />
passa a ser mais importante do que o resultado em si. É <strong>uma</strong> fase<br />
muito mobilizadora <strong>de</strong> energia emocional, pois cada participante <strong>de</strong>ve<br />
expor seus sentimentos, idéias e opiniões livremente. [...] Para que<br />
possa apren<strong>de</strong>r com a experiência, torna-se necessário organizar<br />
esta experiência e buscar-lhe o significado, com ajuda <strong>de</strong> conceitos<br />
esclarecedores. Cabe, então <strong>uma</strong> etapa <strong>de</strong> insumos cognitivos,<br />
informações e fundamentos teóricos que permitam sistematização e<br />
elaboração <strong>de</strong> ―mapas cognitivos‖ individuais. [...] complementados<br />
por leituras individuais e <strong>de</strong>bates, permite a conscientização <strong>de</strong><br />
aspectos pessoais e, interpessoais e grupais [...] passa-se a etapa <strong>de</strong><br />
conexão, em que se fazem correlações com o real, comparando-se<br />
aspectos teóricos com situações práticas <strong>de</strong> trabalho e vida em geral<br />
(p. 12 - 13, grifo nosso).<br />
O alcance do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> competências atitudinais exige um<br />
tempo significativo, situação que foi i<strong>de</strong>ntificado na prática, principalmente na<br />
utilização <strong>de</strong> vivências em que a escuta individual é o diferencial. Os<br />
profissionais do Projeto souberam aproveitar bem o tempo para trabalhar a<br />
expressão compartilhada dos sentimentos. Na nossa leitura, o problema que se<br />
coloca para os profissionais envolvidos com o Projeto é a garantia da<br />
introdução dos conteúdos requeridos à formação do empreen<strong>de</strong>dor (marketing,<br />
gestão, li<strong>de</strong>rança, plano <strong>de</strong> negócios, etc.) em <strong>uma</strong> metodologia que valoriza,<br />
fundamentalmente, a aprendizagem vivencial. Um outro problema, é a<br />
formação básica dos jovens do Projeto no contexto <strong>de</strong> reformulação dos<br />
currículos e programas escolares que são a<strong>de</strong>quados ao currículos por<br />
competência, focalizados no ―apren<strong>de</strong>r a apren<strong>de</strong>r‖, relegando o ensino ao<br />
segundo plano.<br />
Em relação à articulação entre conhecimento e vivência, <strong>de</strong> fato, o<br />
CAV mobilizou os ‗saberes do cotidiano dos jovens‘ como recurso para<br />
i<strong>de</strong>ntificar os problemas locais e propor soluções. Foram criadas situações-