Fundamentos, princÃpios e objetivos de uma polÃtica de ... - Uece
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Isto posto, argumentamos que, partindo do pressuposto <strong>de</strong> que a<br />
―socieda<strong>de</strong> do conhecimento‖ e, mais precisamente, a esfera da produção,<br />
estaria a <strong>de</strong>mandar um profissional com amplas competências, incluindo o<br />
conhecimento intelectual, significa dizer que a simples resolução <strong>de</strong> problemas,<br />
a comunicação, o trabalho em equipe etc., proposto pela pedagogia da<br />
competência e vivenciado pelos projetos, não formará o profissional que o<br />
―novo mundo do trabalho‖ precisa. Mesmo porque, como foi salientado por<br />
Drucker (1993), Stewart (1998), Minarelli (1995), Leite (2002), o conhecimento<br />
intelectual, o capital h<strong>uma</strong>no, que integra o capital intelectual e é apropriado<br />
pela organização, é o que os proprietários do capital mais valorizam. Isso<br />
requereria, como nós já anunciamos, um profissional com formação <strong>de</strong> cultura<br />
geral e com competência e habilida<strong>de</strong>s capazes <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r às exigências<br />
das transformações técnico-científicos do setor produtivo.<br />
educação universal promoverá o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> fornecer ―<strong>uma</strong><br />
compreensão básica <strong>de</strong> ciência e da dinâmica da tecnologia;<br />
conhecimento <strong>de</strong> línguas estrangeiras. Também será necessário<br />
apren<strong>de</strong>r a ser eficaz como membro <strong>de</strong> <strong>uma</strong> organização, como<br />
empregado (DRUCKER, 1993, p.155).<br />
Drucker adverte que a escola <strong>de</strong>ve preparar seus alunos para essa<br />
socieda<strong>de</strong> do conhecimento pois a socieda<strong>de</strong> pós-capitalista precisa <strong>de</strong> mais<br />
pessoas com diploma do ensino avançado para assumir ―cargos <strong>de</strong><br />
conhecimento ―para explorar o conhecimento universalmente disponível‖<br />
(DRUCKER, 1993, p. 149).<br />
No entanto, os ―alunos menos dotados‖, no qual se refere o<br />
documento da UNESCO, que na leitura <strong>de</strong> In`am Al-Mufti (2006), po<strong>de</strong>mos<br />
incluir os jovens do JUVEMP, irão, caso consigam um emprego/trabalho,<br />
manejar alg<strong>uma</strong>s máquinas e tecnologias <strong>de</strong> informação que, apesar <strong>de</strong><br />
complexas, não exigem muito conhecimento dos profissionais que continuam<br />
sem compreen<strong>de</strong>r a tecnologia embutida, apertando teclas que acionam<br />
programas que contêm trabalho materializado pelos <strong>de</strong>tentores <strong>de</strong>ste saber.<br />
Saber esse que somente alguns dominam, ou seja, aqueles que tiveram<br />
integrado ―as competências‖ como um todo: conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s e<br />
técnica, advindas <strong>de</strong> <strong>uma</strong> formação científica, própria <strong>de</strong> um ensino superior <strong>de</strong><br />
qualida<strong>de</strong>, incluindo tanto as áreas tecnológicas quanto as áreas h<strong>uma</strong>nas.