Fundamentos, princÃpios e objetivos de uma polÃtica de ... - Uece
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empreen<strong>de</strong>dor domina <strong>de</strong>terminadas competências que po<strong>de</strong>rão proporcionar,<br />
sem <strong>de</strong>scartar a sorte, retorno do investimento no seu negócio, além também<br />
do retorno daqueles que investiram financeiramente no empreendimento. Caso<br />
contrário, terão que permanecer <strong>de</strong>terminados na luta por um lugar ao sol,<br />
tendo em vista que sua característica principal é não <strong>de</strong>sistir diante das<br />
adversida<strong>de</strong>s e incertezas.<br />
As instâncias governamentais passam a valorizar <strong>uma</strong> qualificação<br />
profissional baseadas em arcos ocupacionais, que, longe <strong>de</strong> exigirem<br />
conhecimentos mais complexos (científicos) dos educandos, consistem em<br />
cursos básicos <strong>de</strong> curta duração que, no máximo, po<strong>de</strong>rão favorecer à<br />
juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong>sfavorecida econômica e educacionalmente trabalhos eventuais,<br />
precarizados e na informalida<strong>de</strong>. As competências atitudinais po<strong>de</strong>m fazer a<br />
diferença e aumentar sua competitivida<strong>de</strong> na hora <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r doces, salgados,<br />
picolé, roupas.<br />
Em termos operacionais, o projeto JUVEMP, através da sua<br />
metodologia e dos instrumentais utilizados, mobilizou os jovens, favoreceu a<br />
participação intragrupal e comunitária, criou um ambiente facilitador para que<br />
os jovens se expressassem, vivenciando situações <strong>de</strong> aprendizagens num<br />
clima <strong>de</strong> abertura e confiança, favorecendo o <strong>de</strong>senvolvimento das<br />
competências comportamentais empreen<strong>de</strong>doras necessárias tanto para quem<br />
quer ser empreen<strong>de</strong>dor social ou <strong>de</strong> negócios, quanto para quem quer<br />
conseguir um emprego.<br />
Então, po<strong>de</strong>mos concluir que a juventu<strong>de</strong> em questão não está<br />
sendo formada para os ―novos tempos‖, para a ―socieda<strong>de</strong> pós-capitalista‖ <strong>de</strong><br />
Drucker (1993) e nem mesmo para ter empregabilida<strong>de</strong>, pois o próprio Minarelli<br />
(1998) refere-se ao conhecimento e as condições financeiras para adquiri-lo<br />
in<strong>de</strong>finidamente.<br />
Esses jovens estão sendo formados para o que sempre foram: para<br />
realizarem trabalhos com menos complexida<strong>de</strong>, mais manuais, mesmo que<br />
seja para apertar automaticamente teclas <strong>de</strong> computador. Para isso, basta <strong>uma</strong><br />
qualificação básica, não tecnológica e nem universitária que lhes permitam