Fundamentos, princÃpios e objetivos de uma polÃtica de ... - Uece
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53<br />
Para ele, a implementação <strong>de</strong>ssas tecnologias implica que os<br />
planejadores consigam prever e buscar o comprometimento, a competência<br />
dos profissionais envolvidos na utilização <strong>de</strong> tais recursos. Isto porque os<br />
talentos h<strong>uma</strong>nos são fonte <strong>de</strong> vantagem competitiva para as empresas, tendo<br />
como ingrediente a inovação, iniciativa, participação, trabalho em equipe,<br />
flexibilização e aprendizagem contínua, num clima <strong>de</strong> comprometimento<br />
espontâneo para obtenção da eficácia organizacional. O autor apresenta o que<br />
as empresas esperam dos empregados:<br />
Aprendizado ocorre todos os dias em todos os trabalhos. A linha<br />
divisória entre o <strong>de</strong>sempenho no trabalho e o aprendizado<br />
<strong>de</strong>saparece. Os empregados, além <strong>de</strong> comandarem as habilida<strong>de</strong>s<br />
específicas <strong>de</strong> suas tarefas imediatas, são solicitados a apren<strong>de</strong>r as<br />
habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> outras tarefas em sua unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho. São<br />
também solicitados a enten<strong>de</strong>r o relacionamento entre seu setor <strong>de</strong><br />
trabalho e a organização como um todo, e <strong>de</strong> estarem familiarizados<br />
com as operações e as metas do negócio. A interação livre e informal<br />
entre os empregados, equipes, treinadores e gerentes é encorajada e<br />
institucionalizada. Os empregados são solicitados a transmitir seu<br />
conhecimento sobre a função e apren<strong>de</strong>r com os colegas (I<strong>de</strong>m, p.<br />
90- 91).<br />
Com essa afirmação, o autor reforça que não é apenas a inclusão <strong>de</strong><br />
tecnologias que faz a diferença, mas profissionais automotivados e<br />
competentes. A junção <strong>de</strong>sses fatores promove a eficácia e produtivida<strong>de</strong>. A<br />
palavra ―solicitado‖ é <strong>uma</strong> forma suavizada <strong>de</strong> dizer: ―façam o que mandamos<br />
com carinho, caso queiram continuar na empresa‖ e para isso têm que produzir<br />
em quantida<strong>de</strong> e diversida<strong>de</strong>, gostar do que fazem, <strong>de</strong>monstrar <strong>de</strong>dicação,<br />
envolvimento com a tarefa e com o negócio do proprietário como se fosse o<br />
seu próprio.<br />
Está se exigindo o ―melhor‖ do trabalhador: sua força criativa,<br />
inovadora, seus conhecimentos atualizados, sua <strong>de</strong>dicação ao trabalho, sua<br />
participação ilimitada, flexibilida<strong>de</strong>, sua boa-vonta<strong>de</strong>, seu envolvimento, sua<br />
disciplina e aprendizagem contínua. Quem po<strong>de</strong>rá dizer que essas qualida<strong>de</strong>s<br />
e competências h<strong>uma</strong>nas não são necessárias para qualquer indivíduo? Mas<br />
para servir a quem? Quem nos respon<strong>de</strong> essa pergunta é Netto e Braz:<br />
Todas as transformações implementadas pelo capital têm como<br />
objetivo reverter à queda da taxa <strong>de</strong> lucro e criar condições<br />
renovadas para a exploração da força <strong>de</strong> trabalho [...] da redução<br />
salarial [...] à precarização do emprego. Aqui, aliás, resi<strong>de</strong> um dos