Fundamentos, princÃpios e objetivos de uma polÃtica de ... - Uece
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constitui ―o capital intelectual – conhecimento, informação, proprieda<strong>de</strong><br />
intelectual, experiência – que possa ser utilizado para gerir empresas‖ (LEITE,<br />
2004, p. 32).<br />
Os proprietários empreen<strong>de</strong>dores necessitam, para sobreviver,<br />
inovar processos produtivos, satisfazer a clientela nacional e internacional. Em<br />
função da alta competitivida<strong>de</strong>, os trabalhadores ―mais inteligentes e<br />
competentes‖ <strong>de</strong>verão agregar valor aos negócios <strong>de</strong>sses proprietários,<br />
contribuindo para o ―<strong>de</strong>senvolvimento das nações‖ e é claro, favorecer o<br />
aumento <strong>de</strong> seus lucros. Partindo <strong>de</strong>sse pressuposto e sensíveis aos<br />
problemas sociais, os expertises propagadores das benesses do capitalismo e<br />
do po<strong>de</strong>r invencível dos indivíduos e dos po<strong>de</strong>res invisíveis do mercado<br />
buscam estratégias para ―ajudar‖ no processo <strong>de</strong> inclusão pelo trabalho dos<br />
―marginalizados‖.<br />
Que fazer? Trabalho existe e muito, dizem eles. Emprego, coisa do<br />
passado. Os indivíduos po<strong>de</strong>m se associar em pequenas unida<strong>de</strong>s produtivas,<br />
po<strong>de</strong>m formar cooperativas, formar re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> economia solidária, formar<br />
pequenos negócios e com isso gerar novas rendas e novos empregos, tão em<br />
falta. Para isso, importa mudar paradigmas. Cada um <strong>de</strong>ve ser proativo,<br />
<strong>de</strong>senvolver pela educação suas potencialida<strong>de</strong>s que estão em latência,<br />
necessitando <strong>de</strong>sabrochar, imitando os empreen<strong>de</strong>dores que são<br />
<strong>de</strong>terminados, incansáveis, insuperáveis. Apesar dos infortúnios que se<br />
interpõem na vida <strong>de</strong> muitos, a palavra chave é superação. Se cada um fizer<br />
sua parte, todos lucram, todos crescem segundo suas próprias capacida<strong>de</strong>s,<br />
que, se estimuladas/<strong>de</strong>senvolvidas, po<strong>de</strong>m sobrepujar as dificulda<strong>de</strong>s inerentes<br />
à vida. É a socieda<strong>de</strong> meritocrática levada ao extremo que tenta mascarar a<br />
intensificação do trabalho que está embutido nas novas tecnologias associadas<br />
ao lucro.<br />
Rosso (2008) aborda a noção <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> no trabalho. Para ele,<br />
todos os tipos <strong>de</strong> trabalho incorporam <strong>uma</strong> intensida<strong>de</strong> com maior gasto <strong>de</strong><br />
energia do indivíduo e do coletivo dos trabalhadores, pois envolvem a energia<br />
física, os aspectos cognitivos e afetivos. Refere-se, portanto, às capacida<strong>de</strong>s