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Fundamentos, princípios e objetivos de uma política de ... - Uece

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46<br />

[...] necessitam não só <strong>de</strong> um alto nível <strong>de</strong> aptidão, mas também <strong>de</strong><br />

um alto grau <strong>de</strong> conhecimento formal e, acima <strong>de</strong> tudo, <strong>de</strong> <strong>uma</strong> alta<br />

capacida<strong>de</strong> para apren<strong>de</strong>r e adquirir conhecimento adicional. Os<br />

técnicos não são os sucessores dos operários <strong>de</strong> ontem. Eles são<br />

basicamente os sucessores dos trabalhadores altamente qualificados,<br />

ou melhor, eles são trabalhadores altamente qualificados que<br />

também possuem gran<strong>de</strong> conhecimento e educação formais e a<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r continuamente (DRUCKER, 1993, p.47).<br />

Leite, teórico do empreen<strong>de</strong>dorismo, afirma que a reestruturação<br />

capitalista e suas constantes crises não é um empecilho à recomposição da<br />

economia <strong>de</strong> mercado; ao contrário, promove a <strong>de</strong>struição criativa 16 , que se<br />

traduz em um novo impulso para o crescimento econômico:<br />

Um ambiente que favorece empreendimentos <strong>de</strong> sucesso tem como<br />

característica <strong>uma</strong> ―<strong>de</strong>struição criativa‖ permanente, nos termos do<br />

próprio Schumpeter. Novas empresas prosperam e ajudam a<br />

economia, em parte <strong>de</strong>struindo os mercados <strong>de</strong> concorrentes<br />

estabelecidos. Países que protegem os mercados e ganhos <strong>de</strong><br />

empresas já existentes impe<strong>de</strong>m a <strong>de</strong>struição criativa, tão essencial<br />

ao progresso. O mercado recompensa o mérito, a capacida<strong>de</strong>, a<br />

coragem <strong>de</strong> correr riscos, a sorte e o sucesso dos empreen<strong>de</strong>dores<br />

por meio <strong>de</strong> remunerações, lucros, ganhos <strong>de</strong> capital e divi<strong>de</strong>ndos.<br />

Os prêmios diferem porque o <strong>de</strong>sempenho difere. Ganhos <strong>de</strong>siguais<br />

são a prova <strong>de</strong> que o mercado está cumprindo a sua missão. [...] o<br />

ataque à ―cobiça‖, vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> crescer, prosperar dos<br />

empreen<strong>de</strong>dores é, na realida<strong>de</strong>, um ataque contra a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

empreen<strong>de</strong>r. Empenhar-se na <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong>ste direito é <strong>uma</strong> forma <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a liberda<strong>de</strong> h<strong>uma</strong>na (LEITE, 2002, p.14).<br />

O autor, seguindo as i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> Schumpeter, economista austríaco<br />

que introduziu a figura do empreen<strong>de</strong>dor na literatura econômica, afirma que a<br />

<strong>de</strong>struição criativa é responsável pelo encerramento <strong>de</strong> fábricas, eliminação <strong>de</strong><br />

postos <strong>de</strong> trabalho, mas, na mesma hora, reformula o velho, criando novas<br />

estruturas econômicas, novos artigos, novos produtos, novos hábitos <strong>de</strong><br />

consumir, enfim, novas combinações que ultrapassam as antigas, e o<br />

empreen<strong>de</strong>dor é o responsável por essas mudanças.<br />

O progresso tecnológico aumenta a produtivida<strong>de</strong> e causa a<br />

<strong>de</strong>struição criativa, inclusive quando substitui a força <strong>de</strong> trabalho por novas<br />

16<br />

Leite se apoia no conceito <strong>de</strong> Schumpeter sobre <strong>de</strong>struição criativa, que consiste num ―processo<br />

orgânico, <strong>de</strong> permanente mutação industrial, que incessantemente revoluciona a estrutura econômica a<br />

partir <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro, constantemente <strong>de</strong>struindo a velha, constantemente criando <strong>uma</strong> nova. [...] É nisso que<br />

consiste o capitalismo e aí que têm <strong>de</strong> viver as empresas capitalistas (LEITE, 2002, p. 54, grifo do autor).

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