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Fundamentos, princípios e objetivos de uma política de ... - Uece

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Percebe-se que os empreen<strong>de</strong>dores sociais egressos do JUVEMP serão<br />

agentes multiplicadores da inclusão social. Ou, como prefere Oliveira,<br />

...um indutor <strong>de</strong> auto-organização social para o enfrentamento da<br />

pobreza, da exclusão social por meio do fomento da solidarieda<strong>de</strong> e<br />

emancipação social, do <strong>de</strong>senvolvimento h<strong>uma</strong>no, do<br />

empo<strong>de</strong>ramento dos cidadãos, do capital social, com vistas ao<br />

<strong>de</strong>senvolvimento local integrado e sustentável (2008, p. 170).<br />

Do exposto até aqui, o empreen<strong>de</strong>dorismo social se coloca como um<br />

―novo paradigma‖, um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> superação do individualismo dominante <strong>de</strong><br />

nossa época. Uma proposta <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento ―inclu<strong>de</strong>nte‖ que se proclama<br />

<strong>de</strong>fensora da h<strong>uma</strong>nida<strong>de</strong>, da socieda<strong>de</strong> como todo, lutando pela<br />

sustentabilida<strong>de</strong>, arregimentando, integrando todos os atores sociais:<br />

comunida<strong>de</strong>s, as empresas, as organizações sociais e o Estado. Para Morin<br />

pressupõe a construção <strong>de</strong> <strong>uma</strong> nova civilização planetária que estaria a<br />

requerer ―[...] re<strong>de</strong>s associativas que criem e alimentem <strong>uma</strong> consciência cívica<br />

planetária que, por sua vez, alimente a inter-relação e a recursivida<strong>de</strong> entre o<br />

contexto local, o indivíduo e o contexto planetário‖ (MORIN, 2007, p. 110).<br />

Percebe-se que essa visão preten<strong>de</strong> integrar todos n<strong>uma</strong> gran<strong>de</strong><br />

teia da vida, na qual os problemas coletivos <strong>de</strong>vem ser solucionados <strong>de</strong> mãos<br />

dadas, <strong>de</strong> forma fraterna, per<strong>de</strong>ndo-se <strong>de</strong> vista a lógica societal capitalista que<br />

se funda na apropriação privada dos meios <strong>de</strong> produção. Concordando com<br />

Saviani, vivemos num contexto em que as conquistas produzidas pela<br />

h<strong>uma</strong>nida<strong>de</strong> não se traduzem em benefícios <strong>de</strong>ssa h<strong>uma</strong>nida<strong>de</strong>, mantendo-se<br />

a contradição que marca o capitalismo. Em suas palavras:<br />

[...] o <strong>de</strong>senvolvimento das forças produtivas h<strong>uma</strong>nas, em lugar <strong>de</strong><br />

beneficiar o conjunto da h<strong>uma</strong>nida<strong>de</strong>, redunda em benefício daquela<br />

parcela que <strong>de</strong>tém a proprieda<strong>de</strong> dos meios <strong>de</strong> produção. O<br />

panorama atual é, pois, atravessado por essa contradição: estão já<br />

disponíveis as condições tecnológicas capazes <strong>de</strong> produzir os bens<br />

necessários para manter todos os homens num nível <strong>de</strong> vida<br />

altamente confortável; no entanto, o incremento da produtivida<strong>de</strong><br />

produz o efeito contrário, provocando exclusão e lançando na miséria<br />

um número crescente <strong>de</strong> seres h<strong>uma</strong>nos. [...] para o que se foi<br />

instituído, a nível político, <strong>uma</strong> nova relação Estado-socieda<strong>de</strong><br />

traduzida na orientação <strong>de</strong>nominada neoliberal (2008, p. 234).

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