Fundamentos, princÃpios e objetivos de uma polÃtica de ... - Uece
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a socieda<strong>de</strong> ou para o capital ou para que Drucker (1993) chama <strong>de</strong><br />
―socieda<strong>de</strong> do conhecimento‖, sobretudo quando <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m o fornecimento <strong>de</strong><br />
mínimos conhecimentos, técnicas simples centradas em quem apren<strong>de</strong>,<br />
re<strong>de</strong>finindo o conceito <strong>de</strong> ensino-aprendizagem.<br />
Partindo da análise <strong>de</strong> Kuenzer (2007), po<strong>de</strong>mos inferir que essa<br />
acepção estaria na contramão até das <strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> expansão do capitalismo,<br />
que, contraditoriamente, estariam exigindo novos princípios pedagógicos,<br />
principalmente em função do <strong>de</strong>senvolvimento da ciência, da tecnologia, mas,<br />
na prática, permanecem dois projetos pedagógicos: um para formar<br />
trabalhadores intelectuais e outro para formar trabalhadores instrumentais.<br />
Nesse contexto, a educação ganha prepon<strong>de</strong>rância no <strong>de</strong>bate em<br />
todas as esferas, mas o que observamos na prática são escolas públicas,<br />
universida<strong>de</strong>s públicas capitaneadas pela lógica do mercado,<br />
sendo<br />
sucateadas e sem investimentos. Os professores ―correm‖ em busca <strong>de</strong><br />
financiamento para seus projetos, tendo que produzir <strong>de</strong>senfreadamente para<br />
atingirem percentuais exigidos por instituições externas.<br />
Pensando na realida<strong>de</strong> brasileira e mais especificamente na<br />
cearense, esse ensino universal <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> está longe <strong>de</strong> acontecer, assim<br />
como o fim da socieda<strong>de</strong> do trabalho. Concordamos com Frigotto (1995)<br />
quando assinala que<br />
A crescente literatura que <strong>de</strong>senvolve as teses do surgimento <strong>de</strong> <strong>uma</strong><br />
socieda<strong>de</strong> do conhecimento sem classes, fundada não mais sobre os<br />
processos exclu<strong>de</strong>ntes característicos <strong>de</strong> um processo produtivo<br />
transformador da natureza e consumidor <strong>de</strong> fontes <strong>de</strong> energia não<br />
renovável, mas <strong>de</strong> <strong>uma</strong> economia global on<strong>de</strong> o principal recurso é o<br />
conhecimento, o qual não teria limites e estaria ao alcance <strong>de</strong> todos,<br />
opera <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um nível profundamente i<strong>de</strong>ológico e apologético<br />
(FRIGOTTO, 1995, p. 37).<br />
E é na perspectiva <strong>de</strong> que há um conhecimento ao alcance <strong>de</strong> todos,<br />
cabendo ao indivíduo manter-se sempre estudando, se qualificando, para não<br />
per<strong>de</strong>r sua empregabilida<strong>de</strong>, ou seja, sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conseguir e<br />
permanecer empregado, é que se sustentam, <strong>de</strong> acordo com Minarelli (1995),<br />
os seis pilares da empregabilida<strong>de</strong>: a<strong>de</strong>quação da profissão à vocação;<br />
idoneida<strong>de</strong>; competências; saú<strong>de</strong> física e mental; reserva financeira e,<br />
finalmente, relacionamentos interpessoais.