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Fundamentos, princípios e objetivos de uma política de ... - Uece

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e Alemanha, a partir nos anos 1980, vem contribuir com o <strong>de</strong>bate, quando<br />

assinala que essa categoria a<strong>de</strong>ntra nas discussões sociológicas em<br />

<strong>de</strong>corrência da transição ―do modo <strong>de</strong> produção taylorista para um mo<strong>de</strong>lo que<br />

favorece o trabalho em grupo e em re<strong>de</strong>‖ (2004, p. 4) e da individualização que<br />

permeia as relações sociais.<br />

O autor concorda que o conceito <strong>de</strong> competência, <strong>de</strong>senvolvido na<br />

Alemanha, po<strong>de</strong>r vir a favorecer o fortalecimento <strong>de</strong> <strong>uma</strong> pedagogia que<br />

promova a participação, implicando que o trabalhador possa ―intervir mais<br />

<strong>de</strong>mocraticamente nas mudanças técnicas e organizacionais no trabalho‖<br />

(i<strong>de</strong>m, p. 133). Este conceito foi introduzido na década <strong>de</strong> 1960, nas escolas<br />

alemãs, por ocasião da reforma básica dos currículos. Os argumentos giravam<br />

em torno das seguintes questões:<br />

1. As mudanças no mundo do trabalho exigem não apenas maior<br />

qualificação dos empregados, mas também <strong>uma</strong> ampliação do<br />

conteúdo <strong>de</strong> suas capacida<strong>de</strong>s profissionais; 2. As futuras exigências<br />

<strong>de</strong> qualificação para o trabalho são cada vez menos prognosticáveis;<br />

3. A didática tradicional orientada pelo treinamento para o posto <strong>de</strong><br />

trabalho precisa <strong>de</strong> <strong>uma</strong> reforma significativa (MARKERT, 2004, p.<br />

134).<br />

Esse <strong>de</strong>bate se justificava em função das transformações no mundo<br />

do trabalho. A formação escolar e profissional exigia, na época, um profissional<br />

com a ―capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação a situação não-prognosticáveis‖ (MARKERT,<br />

2004, p. 134).<br />

As empresas, na necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> competir tanto internamente<br />

quanto externamente, precisam, para existir, <strong>de</strong>senvolver constantemente<br />

novas formas <strong>de</strong> tecnologias e metodologias eficientes para aten<strong>de</strong>r as<br />

necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> rentabilida<strong>de</strong> do capital sob risco <strong>de</strong> sucumbir. Nessa arena, a<br />

educação funciona como propagadora dos valores que estão sendo gestados<br />

na socieda<strong>de</strong>. Segundo Markert (2004):<br />

Defendia-se, portanto, que os <strong>objetivos</strong> <strong>de</strong> <strong>uma</strong> aprendizagem para o<br />

futuro <strong>de</strong>veriam ter <strong>uma</strong> relação com as formas interativas <strong>de</strong><br />

comunicação no trabalho e na vida, para que as competências<br />

instrumental e comunicativa tivessem, no futuro, <strong>uma</strong> melhor<br />

interligação com a prática pedagógica. Isso significava para a prática<br />

pedagógica o abandono: a) da predominância do ―ensino‖ do<br />

conhecimento do fato; b) dos planos <strong>de</strong> ensino inflexíveis; c) dos<br />

princípios das matérias e d) da aula frontal (p.135).

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