Fundamentos, princÃpios e objetivos de uma polÃtica de ... - Uece
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empreen<strong>de</strong>dores contribuirá para o aumento da ―probabilida<strong>de</strong>‖ <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong><br />
emprego ou geração <strong>de</strong> trabalho e renda.<br />
Nosso objeto <strong>de</strong> estudo são os fundamentos, princípios e <strong>objetivos</strong><br />
que orientam as políticas <strong>de</strong> qualificação profissional centrados no<br />
Empreen<strong>de</strong>dorismo da juventu<strong>de</strong> vulnerável social e economicamente. O foco<br />
específico <strong>de</strong> análise é o projeto Juventu<strong>de</strong> Empreen<strong>de</strong>dora (JUVEMP), do<br />
Instituto <strong>de</strong> Desenvolvimento do Trabalho (IDT), executado com recursos da<br />
Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS) do estado do Ceará.<br />
Nesse sentido, é implementado no Ceará, através do IDT, o Projeto<br />
JUVEMP, cujo conteúdo programático preten<strong>de</strong> propiciar um amplo leque <strong>de</strong><br />
possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inserção no mundo do trabalho, como o empreen<strong>de</strong>dorismo<br />
<strong>de</strong> negócio individual/coletivo, social e corporativo 2 .<br />
O problema que se coloca imediatamente é: quais os fundamentos<br />
que orientam as políticas públicas <strong>de</strong> qualificação para o empreen<strong>de</strong>dorismo?<br />
Posto <strong>de</strong> outra forma: em que medida os princípios e <strong>objetivos</strong> basilares das<br />
políticas focalizadas no empreen<strong>de</strong>dorismo favorecem a ―inclusão social‖ no<br />
mundo do trabalho <strong>de</strong> jovens <strong>de</strong>sfavorecidos social e economicamente?<br />
Um dos problemas evi<strong>de</strong>nciados na história das políticas públicas<br />
estatais no Brasil é a distância entre os <strong>objetivos</strong> proclamados e as ações<br />
efetivamente implementadas. Em geral, esses projetos não são acompanhados<br />
<strong>de</strong> <strong>uma</strong> política que assegure a sua continuida<strong>de</strong>. 3 No caso particular da<br />
qualificação profissional da juventu<strong>de</strong>, enten<strong>de</strong>mos que se faz necessária a<br />
articulação <strong>de</strong>sses projetos com políticas públicas mais amplas que assegurem<br />
emprego e renda.<br />
2 Empreen<strong>de</strong>dorismo <strong>de</strong> negócios implica a criação <strong>de</strong> negócios individual/coletivo. Como exemplo <strong>de</strong><br />
empreen<strong>de</strong>dorismo coletivo tem-se o cooperativismo, os consórcios e Arranjos Produtivos Locais – APLs.<br />
Empreen<strong>de</strong>dorismo social: empreendimentos e ações que buscam tentar resolver problemas da<br />
comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma emergencial. Estão nesse rol ações filantrópicas, ações voluntárias <strong>de</strong>senvolvidas<br />
pelas associações comunitárias, ONGs e, finalmente, o empreen<strong>de</strong>dorismo corporativo ou intraempreen<strong>de</strong>dorismo<br />
que correspon<strong>de</strong> ao empregado empreen<strong>de</strong>dor, inovador, criativo no âmbito interno<br />
das organizações (DOLABELA, 2006).<br />
3 Merece <strong>de</strong>staque a falta <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> das ações públicas estatais por ocasião das mudanças <strong>de</strong><br />
governo.