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Fundamentos, princípios e objetivos de uma política de ... - Uece

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manejar a tecnologia que ―os mais bem dotados‖ dominam. Por isso, ofertamse<br />

cursos básicos que incluem noções <strong>de</strong> informática.<br />

Em termos dos princípios e <strong>objetivos</strong>, o JUVEMP, com sua<br />

metodologia, acaba por fundamentar-se nesses pressupostos quando preten<strong>de</strong><br />

fomentar nos jovens a cultura empreen<strong>de</strong>dora, objetivando inseri-los no mundo<br />

do trabalho como empreen<strong>de</strong>dores. Em termos <strong>de</strong> sua capacitação específica,<br />

apesar <strong>de</strong> o Projeto ter oferecido aos jovens a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escolherem<br />

seus cursos <strong>de</strong> curto prazo, levando em consi<strong>de</strong>ração o anseio dos jovens,<br />

contudo, pela própria limitação <strong>de</strong> um Projeto <strong>de</strong> qualificação <strong>de</strong> curta duração,<br />

acaba formando em profissões que não os prepararão para a ―socieda<strong>de</strong> do<br />

conhecimento‖, mas os formará para serem trabalhadores comunicativos, que<br />

sabem trabalhar em equipe, nos mol<strong>de</strong>s esperados pelo mercado.<br />

Na contramão do que se espera n<strong>uma</strong> socieda<strong>de</strong> do conhecimento,<br />

a qualificação social é mais priorizada do que a qualificação profissional para<br />

ajudar esses jovens a serem incluídos n<strong>uma</strong> ―socieda<strong>de</strong> globalizada‖ <strong>de</strong> alta<br />

tecnologia. Então se enten<strong>de</strong> que a qualificação para os países<br />

sub<strong>de</strong>senvolvidos e em <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ve formar para o setor informal, e,<br />

nesse ponto, os projetos governamentais estão cumprindo com essas<br />

diretrizes. As qualificações estão direcionadas para ocupações que po<strong>de</strong>rão<br />

conduzir o jovem trabalhador com pouca instrução, quando muito, para<br />

ativida<strong>de</strong>s informais, ajudando-os, na possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inclusão, caso tenham<br />

<strong>de</strong>senvolvido as competências comportamentais e sociais necessárias para<br />

sua sobrevivência no mundo sem empregos.<br />

As diversas instâncias governamentais incorporam nos projetos <strong>de</strong><br />

qualificação da juventu<strong>de</strong> em situação <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> esse i<strong>de</strong>ário, sem<br />

fornecer todas as competências necessárias para formar este empreen<strong>de</strong>dor,<br />

incluindo o apoio financeiro. Pensa-se a política e parece ―esquecer‖ a quem<br />

estão <strong>de</strong>stinando. As ocupações <strong>de</strong> manicure, pintor <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>, garçom, longe<br />

<strong>de</strong> exigirem muitos conhecimentos intelectuais, continuarão mantendo esses<br />

jovens à margem do sistema produtivo ―pós-capitalista‖, que continuará<br />

recrutando profissionais egressos das melhores universida<strong>de</strong>s para ―doarem‖<br />

seu capital intelectual, a fim <strong>de</strong> que as empresas possam produzir mais com

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