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GÊNERO MULHERES E FEMINISMOS

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comunicação e a articulação horizontais, ou seja, da charuteira<br />

com a sua vizinha da frente, pois, ou as bancas se localizavam distantes<br />

uma da outra ou, quando juntas, eram separadas por uma<br />

coluna mais alta que o lastro da banca, uma espécie de cabeceira.<br />

Ora, se as charuteiras se sentassem uma frente à outra, sem<br />

qualquer obstáculo, isso possibilitaria não apenas a conversa entre<br />

elas, mas a possibilidade de parar o trabalho, enquanto se olhassem<br />

para estabelecer uma comunicação mais direta, o que era<br />

mais difícil ocorrer com as colegas de suas laterais. A conversa e<br />

o “olho no olho” enquanto trabalhavam, poderia ser interpretado<br />

pelos patrões, através dos mestres, como um “comportamento<br />

supérfluo” que tomaria tempo e prejudicaria a produção, bem<br />

como uma senda para as estratégias de resistências sutis.<br />

Figura 1 – Seção de charutaria de uma fábrica de charutos do Recôncavo<br />

Fonte: Arquivo Público do Estado da Bahia<br />

As fotografias revelam que os assentos eram desconfortáveis<br />

e sem recosto; a distância entre as trabalhadoras era mínima,<br />

Gênero, mulheres e feminismos 133

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