GÊNERO MULHERES E FEMINISMOS

More documents

Recommendations

Info

tura feminista, podemos afirmar que todas as entrevistadas se aproximaram do feminismo em consequência da militância feminista através: da literatura (livros, artigos, dissertações, teses, panfletos); de palestras proferidas; da conformação dos núcleos e grupos de pesquisa sobre mulheres e gênero; de programas de treinamento oferecidos por universidades; de capacitações em ONG feministas; e de cursos de qualificação para a implantação do PAISM, que contou com a participação de feministas, e cujo processo de implementação, enquanto política pública oficial do Estado brasileiro para as mulheres, findou por se constituir como uma estratégia de divulgação do pensamento feminista por todo o país. O interesse das entrevistadas acerca da temática da sexualidade, da reprodução e da saúde integral da mulher aparece como elemento catalisador da aproximação com o ideário feminista que apresentava, e ainda apresenta novas reflexões e perspectivas teóricas que enriqueciam/enriquecem a construção de um conhecimento que queria/quer ser politizado, por extrapolarem o domínio das Ciências Biológicas e incorporarem reflexões da Sociologia, da História e da Antropologia sobre a saúde, os corpos e as sexualidades das mulheres. A partir das aproximações iniciais com o feminismo e com a temática da saúde sexual e reprodutiva sob o prisma do feminismo, as acadêmicas entrevistadas contribuíram para a consolidação do campo de estudos sobre a mulher/gênero/ feministas no país, através da fundação e/ou participação em núcleos de estudos de gênero e da mulher, fundação/participação em ONG feministas, publicações de pesquisas e inserção dos estudos sobre mulher/gênero/feministas nas universidades. Gênero, mulheres e feminismos 287
Referências ADRIÃO, Carla Galvão. Encontros do feminismo: uma análise do campo feminista brasileiro a partir das esferas do movimento, do governo e da academia. Florianópolis, 2008. 301f. Tese (Doutorado Interdisciplinar em Ciências Humanas) − Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008. ARILHA, Margareth. Contracepção, empowerment e entitlement: um cruzamento necessário na vida das mulheres. In: FAMILY HEALTH INTERNATIONAL. Reflexões sobre gênero e fecundidade no Brasil. Research Triangle Park, NC: Family Health International, out. 1995. Disponível em: . Acesso em: 1 jul. 2010. ÁVILA, Maria Betânia. Modernidade e cidadania reprodutiva. Revista Estudos Feministas, Rio de Janeiro, CIEC/ECO/UFRJ, v. 1, n. 2, p. 382-93, 2. sem. 1993. Disponível em: . BANDEIRA, L. M. Gênero e cidadania: tempos de comemorações e de contradições. Revista do Núcleo de Estudos Sobre a Mulher, Natal, RN, 2000. BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Tradução Luís Antero Reto e Augusto Pinheiro. Lisboa: 70, 2002. BERQUÓ, Elza. Brasil, um caso exemplar: anticoncepção e parto cirúrgicos à espera de uma ação exemplar. Revista Estudos Feministas, Rio de Janeiro, CIEC/ECO/UFRJ, v. 1, n. 2, p. 366-81, 1993. Disponível em: . BERQUÓ, Elza; CAVENAGHI, Suzana. Fecundidade em declínio: breve nota sobre a redução no número médio de filhos por mulher no Brasil. Novos Estud. CEBRAP [online]. n. 74, p. 11-5, 2006. Disponível em: . Acesso em: 1 jul. 2010. BRASIL. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher; plano de ação 2004-2007. Brasília: Ministério da Saúde. 2004a. 48p. Disponível em: . 288 Gênero, mulheres e feminismos
Page 2 and 3:
GÊNERO, MULHERES E FEMINISMOS
Page 4 and 5:
Alinne Bonneti e Ângela Maria Frei
Page 6 and 7:
SUMÁRIO 7 apresentação Primeira
Page 8 and 9:
APRESENTAÇÃO Este número da Cole
Page 10 and 11:
classe média”, destaca como as m
Page 12:
Direitos Humanos (DH) e adquirissem
Page 16 and 17:
SOBRE GÊNERO E CIÊNCIA tensões,
Page 18 and 19:
zem conhecimento na área de Gêner
Page 20 and 21:
Neste sentido, Diana Maffía destac
Page 22 and 23:
Moderna não dá conta da explicaç
Page 24 and 25:
e entre pesquisadores doutores, a p
Page 26 and 27:
para a compreensão ampla da quest
Page 28 and 29:
Latina. Barcelona: Seminario Interd
Page 30 and 31:
FEMINISMO E PÓS-MODERNIDADE como d
Page 32 and 33:
As promessas da modernidade e o fem
Page 34 and 35:
uma grande convergência entre as c
Page 36 and 37:
perpetuação da lógica da acumula
Page 38 and 39:
• a ideia de que o conhecimento o
Page 40 and 41:
postura defensiva, de uma lógica p
Page 42 and 43:
fazendo com que este seja cotidiana
Page 44 and 45:
Assim, insiste na assunção da “
Page 46 and 47:
cos, na década de noventa. Esse pe
Page 48 and 49:
noção de experiência contida na
Page 50 and 51:
das diferenças, uma vez que muitas
Page 52:
HUTCHEON, Linda. A incredulidade a
Page 55 and 56:
com a tradição antropológica de
Page 57 and 58:
Antropologia Feminista − a Associ
Page 59 and 60:
Não tardam as reformulações e a
Page 61 and 62:
entre distintos eixos produtores de
Page 63 and 64:
lações revelam possibilidades inv
Page 65 and 66:
parece ser este um passo importante
Page 67 and 68:
GEERTZ, Clifford. Saber local; novo
Page 70:
Segunda parte G Tratando de interse
Page 73 and 74:
No percurso das elaborações teór
Page 75 and 76:
inexpressivas, porque não pretende
Page 77 and 78:
to de instituição e agentes espec
Page 79 and 80:
saúde e de educação, propondo-se
Page 81 and 82:
• Objetos de preconceito, especia
Page 83 and 84:
• Terem se tornado objetos de des
Page 85 and 86:
te, descasadas e viúvas, que termi
Page 87 and 88:
a par das diferenciações segundo
Page 89 and 90:
— [...] Agora acabou aquilo da mu
Page 91 and 92:
BRITTO DA MOTTA, Alda. Reinventando
Page 93 and 94:
SOUZA, Carolina Marback. O trabalho
Page 95 and 96:
cem interferem na elaboração de s
Page 97 and 98:
pessoal, independência emocional e
Page 99 and 100:
Percurso metodológico Este artigo
Page 101 and 102:
o casamento. Por isso, as moças tr
Page 103 and 104:
calcados no ideário judaico-crist
Page 105 and 106:
— O desejo eu resolvo com masturb
Page 107 and 108:
mútuo e a diversão descompromissa
Page 109 and 110:
Para Eva, que se recusa a baixar as
Page 111 and 112:
Arremate Constata-se que as mulhere
Page 113 and 114:
Por enquanto, prefere ficar só a e
Page 115 and 116:
LIMINHA; DA MATA, Vanessa. Eu quero
Page 117 and 118:
Fazer a leitura da opressão e da e
Page 119 and 120:
Algunas personas dicen ‘vean a to
Page 121 and 122:
seu aparato de legitimação alimen
Page 123 and 124:
de uma dominação classista e que
Page 125 and 126:
nova roupagem. 8 Enquanto os ideais
Page 127 and 128:
o ideal de esposa e dona de casa pe
Page 129 and 130:
Com base nessa análise da constitu
Page 131 and 132:
mente e distintos em sua função p
Page 133 and 134:
tório, sanitários, refeitório, o
Page 135 and 136:
dificultando a locomoção e até o
Page 137 and 138:
obter o produto final. Para realiza
Page 139 and 140:
es fumageiras do Recôncavo Baiano,
Page 142 and 143:
A PERIFERIA, A CASA E A RUA limites
Page 144 and 145:
lhadores informais e precários, re
Page 146 and 147:
Embora a questão requeira uma aná
Page 148 and 149:
privativo e íntimo dos direitos e
Page 150 and 151:
dos participantes de receberem bens
Page 152 and 153:
Esse último argumento permite intr
Page 154 and 155:
“Os parentes estão longe”; “
Page 156 and 157:
Rubén Kaztman (2001) também anali
Page 158 and 159:
maneira precisa e segregada, onde c
Page 160 and 161:
encontram variadas soluções, info
Page 162 and 163:
4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Ko
Page 164:
Terceira parte G Da ação polític
Page 167 and 168:
novecentos que existe um seu consis
Page 169 and 170:
te, parece-nos que havia de lucrar
Page 171 and 172:
Mas, foi a forma como o jurista def
Page 173 and 174:
mens e mulheres e, consequentemente
Page 175 and 176:
como sugerira que os contrários ao
Page 177 and 178:
podiam, e que as mulheres podiam e
Page 179 and 180:
texto, mas foi exteriorizada de for
Page 181 and 182:
mente, o Dr. Moyses Hage não tinha
Page 183 and 184:
nunca vimos cousa mais absurda. Cou
Page 185 and 186:
admitidas nas regionais, mas não n
Page 187 and 188:
VINHAES, Diógenes. O parto não é
Page 190 and 191:
A POLÍTICA DE COTAS NA AMÉRICA LA
Page 192 and 193:
Nesse período, merece registro a a
Page 194 and 195:
No entanto, apesar dessa supremacia
Page 196 and 197:
vés de processos eleitorais, onde
Page 198 and 199:
(2000, p. 427). Dentre as regras po
Page 200 and 201:
sociedade e que, até agora, é de
Page 202 and 203:
donza, apresentou um projeto de Ref
Page 204 and 205:
gualdade vivenciada pela maioria da
Page 206 and 207:
Da mesma forma que a Lei de Cotas d
Page 208 and 209:
es nas listas de candidatos ao Cong
Page 210 and 211:
pio de igualdade estabelecido na Co
Page 212 and 213:
egistrou-se um pequeno aumento para
Page 214 and 215:
feminina seguem irrisórios. Nos pa
Page 216 and 217:
• como forma de garantir seu cump
Page 218 and 219:
XXI, II − Feminismo e Universidad
Page 220:
Friedrich Ebert, Jun. 2008. Dispon
Page 223 and 224:
política de cotas, utiliza-se dado
Page 225 and 226:
política; e nos GTs cujas temátic
Page 227 and 228:
à legislação federal sobre cotas
Page 229 and 230:
Analisando o número de entrevistad
Page 231 and 232:
sociais (TABAK, 2002). No entanto,
Page 233 and 234:
Em nível estadual e regional, assi
Page 235 and 236:
agregados em Outros estão dividido
Page 237 and 238: de e, especificamente, nos parlamen
Page 239 and 240: O desafio que se apresenta é o uso
Page 241 and 242: HTUN, Mala. A política de cotas na
Page 244 and 245: MOVIMENTOS FEMINISTAS, ABORTO E LAI
Page 246 and 247: sejavam filhos. No entanto, nos úl
Page 248 and 249: Mesmo aquelas que são devotas, pra
Page 250 and 251: marcante fora do próprio país, em
Page 252 and 253: Assistimos, não sem reações, às
Page 254 and 255: nina de nove anos vinda do interior
Page 256 and 257: xeque normas consagradas pelo orden
Page 258 and 259: do arcebispado, presente, principal
Page 260 and 261: ter sido também desenvolvidas como
Page 262 and 263: DIREITOS SEXUAIS E DIREITOS REPRODU
Page 264 and 265: dos serviços de saúde e reclamou
Page 266 and 267: dor de mentalidades e de articulaç
Page 268 and 269: DSDR anteriores ao ano de 1994; 1 e
Page 270 and 271: Embora o evento ocorrido sob os aus
Page 272 and 273: postas transformadoras”. O movime
Page 274 and 275: Mas, ao relatar sua aproximação c
Page 276 and 277: de ruptura paradigmática que a ent
Page 278 and 279: mento familiar e se transforma na d
Page 280 and 281: manteve e a Pesquisa Nacional por A
Page 282 and 283: feministas buscavam a politização
Page 284 and 285: A fala de Anne rememora a efervesc
Page 286 and 287: atuante, sobretudo na Europa” (20
Page 290 and 291: BRASIL. Ministério da Saúde. Secr
Page 292: Quarta parte G Analisando represent
Page 295 and 296: es, programação e seu discurso co
Page 297 and 298: tícias, tem perdido espaço para o
Page 299 and 300: os fracassos, as falhas e defeitos
Page 301 and 302: aprovada pelos patrocinadores das t
Page 303 and 304: coletânea das colunas escritas par
Page 305 and 306: e 2004, junte-se − em parte, vist
Page 307 and 308: dominante produzido por um olhar ma
Page 309 and 310: menos politizada, mais superficial
Page 311 and 312: anos, vivendo e trabalhando em uma
Page 313 and 314: Cashmere Mafia segue a mesma dispos
Page 315 and 316: do conflito se dá na instituição
Page 317 and 318: Referências AGUIAR, Flávio. Antol
Page 319 and 320: http://www.textually.org/tv/archive
Page 321 and 322: sociabilidade que daí surgia. Assi
Page 323 and 324: discursiva dos textos políticos qu
Page 325 and 326: everenciada como a “embaixatriz d
Page 327 and 328: vidas só existiam através da gara
Page 329 and 330: A Sílvia, nos múltiplos discursos
Page 331 and 332: 1981a, p. 86) 4 Nessa perspectiva,
Page 333 and 334: porque era a mulher mais desenvolvi
Page 335 and 336: igualdade, a libertação implica n
Page 337 and 338: políticos conservadores como Diaz
Page 339 and 340:
O silêncio, de seu lado, é o que
Page 341 and 342:
COSTA, Albertina de Oliveira (Org.)
Page 343 and 344:
e POSHIST da UFBA. Pesquisadora do
Page 345 and 346:
Iracema Brandão Professora da Univ
Page 347:
Simone Andrade Teixeira Enfermeira,
show all

GÊNERO MULHERES E FEMINISMOS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

Delete template?

Save as template?