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GÊNERO MULHERES E FEMINISMOS

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política; e nos GTs cujas temáticas são consideradas como o “núcleo<br />

duro” da política − Controles Democráticos e Instituições Políticas;<br />

Cultura, Economia e Política; Estudos Legislativos; e Teoria<br />

Política: para além da democracia liberal − não foi apresentado um<br />

trabalho sequer com o recorte de gênero. Nos GTs “Comunicação<br />

Política e Eleições” e “Elites e Instituições Políticas”, também<br />

componentes do “núcleo duro” da Ciência Política, foi apresentado<br />

apenas um trabalho por GT, em doze sessões e cinco painéis, ou<br />

seja, 5% da atividade de cada um deles.<br />

Em termos de presença nas coordenações dos GTs acima nomeados,<br />

um terço é constituído por mulheres. Portanto, embora<br />

uma cota “voluntária” de 30% de mulheres em postos de coordenação<br />

seja alcançada, ela não se reflete no quantitativo da produção<br />

acadêmica apresentada com a inclusão da perspectiva de<br />

gênero. Conclui-se que, também transversalmente, a temática de<br />

gênero está sub-representada na Ciência Política. Segundo Sonia<br />

Miguel (2000), houve a institucionalização dos estudos de gênero,<br />

mas não a sua transversalização nas especialidades das Ciências<br />

Sociais.<br />

Na Região Nordeste, destaca-se, na produção científica sobre<br />

mulheres no poder, o trabalho de Ana Alice Alcântara Costa<br />

(1998), que integra o Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a<br />

Mulher (Neim), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), criado<br />

ainda na década de 1980. Tomando por base o Neim − que possui<br />

uma dentre suas três linhas de pesquisa dedicada ao tema “Gênero,<br />

Poder e Políticas Públicas” – percebe-se que os estudos sobre<br />

a inserção das mulheres na política institucional estão crescendo<br />

em organizações acadêmicas, embora ainda sejam minoritários,<br />

principalmente aqueles que abordam a esfera regional.<br />

Registre-se, ainda, que, somente em 2007, na II Conferência<br />

Nacional de Políticas para as Mulheres, a sua participação nos espaços<br />

de poder e decisão foi amplamente debatida − tanto pelo<br />

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Gênero, mulheres e feminismos

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