02.09.2015 Views

GÊNERO MULHERES E FEMINISMOS

alinne-bonneti-e-c3a2ngela-maria-freire-de-lima-e-souza-org-gc3aanero-mulheres-e-feminismos

alinne-bonneti-e-c3a2ngela-maria-freire-de-lima-e-souza-org-gc3aanero-mulheres-e-feminismos

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

sua liderança de forma autônoma e independente a partir de sua<br />

trajetória pessoal, profissional e partidária. E, agora, Dilma Rousseff,<br />

eleita presidente do Brasil com apoio do Lula, que foi Ministra<br />

de Minas e Energia e Ministra da Casa Civil. 1<br />

Por outro lado, mesmo fugindo aos processos eletivos, o número<br />

de mulheres ocupando a chefia dos ministérios também<br />

ainda é muito pequena. Segundo Beatriz Llanos e Kristen Sample<br />

(2008), nos últimos anos, em função do estabelecimento de ações<br />

afirmativas em alguns países, houve um incremento significativo<br />

da presença feminina na composição da chefia dos ministérios na<br />

América Latina. Em 2007, a presença feminina chegou a 24%, o<br />

que significa um grande avanço se tomamos como parâmetro o<br />

percentual de 1996 quando a presença feminina não ultrapassava<br />

a casa de 8,4.<br />

Esse crescimento se concentrou, basicamente, nos países que<br />

desenvolveram uma política de incorporação das mulheres às<br />

instâncias do executivo, a saber: Costa Rica, com 37,5%; Chile,<br />

36,4%; Equador, 32%; Nicarágua, com 31,2%; e, também, a Bolívia<br />

e o Uruguai com uma participação que se aproxima dos 30%.<br />

O contraponto são países como Venezuela (18,5%), República Dominicana<br />

(17,6%), El Salvador (15,4%), Brasil (14,3%) e Paraguai<br />

(10%) nos quais a participação feminina na chefia dos ministérios<br />

continua muito baixa. (LLANOS; SAMPLE, 2008, p. 18)<br />

Nessas estruturas, a participação feminina tende a aumentar à<br />

medida que diminui a hierarquia das esferas de decisões, ou seja,<br />

quanto mais importante o cargo, menor o número de mulheres.<br />

No que se refere às instâncias do Executivo cujo acesso se dá atra-<br />

1 Não obstante, outras mulheres já estiveram à frente dos governos centrais na América Latina<br />

através de outros processos que não o voto direto. Assim foi o caso de Isabel Perón, eleita Vicepresidente<br />

da Argentina e que com a morte do seu marido Juan Perón assumiu a Presidência da<br />

República, em 1979. Em 1979, Lidia Gueiler assume interinamente a Presidência da Colômbia por<br />

determinação do Congresso Nacional, depois do golpe de Estado que destituiu Walter Guevara<br />

Arce. Também em 1997, Roselia Arteano assume a presidência do Equador por apenas três dias.<br />

(LLANOS; SAMPLE, 2008)<br />

194<br />

Gênero, mulheres e feminismos

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!