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GÊNERO MULHERES E FEMINISMOS

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encontram variadas soluções, informações e acessos a diferentes<br />

instituições e políticas públicas, através de articulações nos espaços<br />

de moradia.<br />

Essas questões vêm apresentando um interesse renovado através<br />

de metodologias de pesquisa que possibilitam a construção de<br />

novos parâmetros para a compreensão do papel das redes pessoais<br />

e sociais na atualidade. A esse respeito, Eduardo Marques et al.<br />

(2006) consideram que as redes sociais são centrais na sociabilidade<br />

dos indivíduos e no seu acesso aos mais diferenciados elementos<br />

materiais e imateriais. Nos debates sobre a pobreza, as redes são<br />

citadas como fatores-chaves na obtenção de empregos, na organização<br />

comunitária e política, no comportamento religioso e na sociabilidade<br />

em geral. O conhecimento das formas de estruturação<br />

das redes de indivíduos pobres permite se chegar ao entendimento<br />

de suas trajetórias, de seu cotidiano e de suas estratégias de sobrevivência,<br />

assim como chegar ao conhecimento de processos sociais<br />

que contribuem para a reprodução da pobreza em um sentido mais<br />

amplo.<br />

Na variada literatura apresentada nos trabalhos desses autores,<br />

encontramos uma proposta de diferenciação das redes a partir de<br />

padrões que constituem um dos principais traços diferenciadores da<br />

sociabilidade moderna, baseada em uma grande quantidade de vínculos<br />

secundários, bastante heterogêneos em conteúdo, fracos em<br />

intensidade e não necessariamente organizados territorialmente, ao<br />

contrário dos padrões característicos do mundo rural e das cidades<br />

pequenas. Outros autores argumentam que a vida nas grandes cidades,<br />

apoiada nas novas técnicas de comunicação e transporte, ajudam<br />

a superar as barreiras físicas da vizinhança e da comunidade.<br />

Segundo Ferrand (apud MARQUES; et al., 2006, p. 5), para os<br />

estudos sobre a pobreza urbana, entretanto, o fator espacial-geográfico-territorial<br />

continuaria a constituir um elemento chave da<br />

sociabilidade, indicando que as interações sociais ainda se cons-<br />

Gênero, mulheres e feminismos 159

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