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GÊNERO MULHERES E FEMINISMOS

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constituir cidadãs de fato, exercendo ativamente a prerrogativa<br />

de votar, mas, também, de serem votadas. As mulheres representam<br />

51% do eleitorado nacional, mas não chegam a ocupar 10%<br />

dos cargos eletivos do país. Segundo dados da União Inter-Parlamentar,<br />

o Brasil tem um dos registros mais baixos, com 8,8% de<br />

mulheres. Essa posição está abaixo da média mundial e coloca o<br />

Brasil na centésima terceira posição, em um total de 135 países na<br />

classificação mundial. (BALLINGTON, 2009, p. 173)<br />

A Lei n° 9.100, de 1995, conhecida como Lei de Cotas, que estabeleceu<br />

um mínimo de 20% das candidaturas partidárias reservadas<br />

para as mulheres, aplicada nas eleições municipais de 1996,<br />

não foi suficiente para alterar o quadro de exclusão política das<br />

mulheres brasileiras. Em 1997, foi aprovada a Lei n° 9.504 que<br />

ampliou para 25% a “obrigatoriedade” de candidaturas femininas,<br />

nas eleições de 1998, e para 30%, na seguinte. Assim, hoje,<br />

a lei “garante” 30% de candidaturas femininas no total de candidatos<br />

apresentados pelos partidos para os cargos nas eleições<br />

proporcionais − vereadores(as) e deputados(as) estaduais e federais.<br />

Anteriormente, o Brasil já tinha vivenciado outras experiências<br />

de cotas políticas. Em 1991, o Partido dos Trabalhadores (PT)<br />

aprovou uma cota de, no mínimo, 30% para cada um dos sexos,<br />

para os seus cargos de direção. Em 1993, a Central Única dos Trabalhadores<br />

(CUT) adotou a mesma política estabelecendo como<br />

norma o mínimo de 30% e o máximo de 70% de candidaturas para<br />

qualquer sexo.<br />

Apesar das cotas, o aumento da participação feminina tem<br />

sido irrisória, não tendo alterado sequer o índice de “crescimento”,<br />

nos últimos anos, quando não houve decréscimo. Na Câmara<br />

Federal, a participação feminina passou de 5%, em 1994, para<br />

9%, em 2006, permanecendo o mesmo na eleição de outubro último.<br />

As senadoras passaram de 8%, em 1994, para 12,3, em 2002,<br />

apresentando o mesmo percentual em 2006 e agora, em 2010,<br />

210<br />

Gênero, mulheres e feminismos

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